Uma semana já havia se passado desde que Han Jisung havia sido levado contra a sua vontade.
Uma semana e Joohyun, Minho e Dongwook continuavam sem respostas.
Assim que Joohyun explicou para o ex-companheiro sobre o pai biológico do pequeno Han e afirmou que diante daquelas circunstâncias, o sequestro de Jisung só poderia ter sido obra de tal homem, Dongwook não poupou esforços e recursos para colocar seus advogados em ação, o que deixou a mulher e o Lee mais novo esperançosos, estes que já não dormiam e não comiam devidamente. Tudo o que pensavam e almejavam era aquele ser que tinham em comum em seus corações e que ambos amavam com suas vidas, de formas distintas, certamente.
— Lee Minho, eu não vou mandar mais uma vez. — Dongwook bradou, de braços cruzados ao peito, enquanto encarava de forma severa seu primogênito. — Você não irá mais faltar às aulas.
— E eu não vou repetir novamente, esta é a última vez, portanto, preste bem atenção quando eu digo que, não irei sair desta sala até que você me conte o que veio contar para a diretora Ock. — Sibilou pausadamente, encarando bravamente os olhos semicerrados de seu pai.
Joohyun que estava sentada em sua mesa, retirou seus olhos de descanso e respirou fundo, sacudindo a cabeça negativamente enquanto apoiava as mãos em seu rosto, tapando-o. A mulher estava exausta.
— Minho, deixe de ser teimoso! Não me torre ainda mais a paciência. Já fui muito compreensivo com você e a sua situação.
— Compreensivo comigo e com a minha situação? — Remendou o mais velho com desdém, soltando um riso frouxo em seguida. — Não fode comigo, Dongwook! — Alterou o tom de voz, fazendo o homem e a mulher arregalarem os olhos, incrédulos com tamanha rebeldia e falta de respeito. — Eu quero respostas sobre o meu namorado e quero agora! Eu estou pouco me ferrando para quais matérias terei hoje, quando Jisung pode estar passando por um inferno nesse mesmo momento em que estamos aqui parados.
Foi apenas o tempo de Minho finalizar a sua fala e Dongwook não hesitou mais em desferir um tapa bem no rosto de seu filho, fazendo a mulher se levantar de supetão, com os dedos apoiados na mesa.
— Já chega! — Esbravejou. — Lee Minho, para sua sala de aula agora mesmo! — Ditou ao garoto boquiaberto com a mão pousada sobre o local atingido, que logo tratou de enfrentá-la com o olhar. — Isso não é um pedido, Minho. Se você não for, não terá notícias nem agora e nem depois. Portanto, dispensado. — Foi ríspida.
Minho se levantou na mesma hora, jogando com tudo a cadeira em que antes se sentava para trás, fazendo a mesma parar na outra ponta da sala da diretora.
— Se vocês não estão dispostos a tomar alguma atitude para ajudar o Jisung, tomo eu. — Foi o que disse antes de marchar irritadiço até a saída, fazendo questão de bater com força a porta dupla de madeira ao sair.
Joohyun suspirou pesadamente, jogando-se com tudo de volta à cadeira, passando a apoiar os cotovelos na mesa, apertando suas têmporas com as mãos, mantendo-se cabisbaixa e de olhos fechados. Sentia como se sua cabeça fosse explodir a qualquer momento.
— Eu não sei mais o que faço com ele, Joohyun. — Desabafou, se sentando na cadeira par à que Minho havia se sentado. — Vê como ele me afronta? Como fala comigo?
— Ele está com raiva, Dongwook. Está com raiva e triste. São sentimentos muito intensos dentro da cabeça de um jovem de apenas dezoito anos. Sua intimidade foi exposta e o seu namorado levado. Como espera que ele reaja a tudo isso? Cantando e dançando?
Dongwook encolheu-se no assento, engolindo a seco.
— Eu entendo, entendo de verdade que não deve ser nada fácil para vocês dois. Eu também gosto muito do Jisung e estou fazendo tudo que posso para tentar encontrá-lo, mas não posso admitir que meu próprio filho me afronte como Minho tem feito.
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Pra você guardei o amor | Minsung
Novela JuvenilO Internato Stay Valley Academy era considerado por muitos pais, geralmente da classe mais alta da elite sul-coreana, como uma salvação. Para si mesmos e principalmente para seus filhos. Após ser mandado, contra a sua vontade, para o colégio inter...