🩵 13 || Alívio

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Desespero.

Era tudo o que Han Jisung sentia naquele momento. Já Minho, estava inerte, em transe, ainda abraçado ao menor, este que também não ousou mover um mísero músculo se quer.

Em sua mente, Minho ensaiava como explicaria porque estava "transando" com um garoto, se era hétero. "Foi só uma brotheragem... Isso. Uma brotheragem. Está tudo bem. Todo homem já fez isso alguma vez na vida."

— Filho? — A mais velha insistiu mais uma vez. — Estou ouvindo o chuveiro. Está tudo bem aí dentro?

Han engoliu a seco.

— E-está, mamãe. Estou lavando o cabelo.

— Ah, sim. Que susto! — Riu brevemente aliviada. — Você viu o Minho? — Perguntou, fazendo ambos se entreolharem com os olhos arregalados.

— A-ah... O Minho? E-eu não sei. Quando eu acordei, estava sozinho na sala. — Han fechou os olhos, sentindo uma culpa gigantesca e pesada lhe consumir. Odiava mentiras e se sentia mil vezes pior por estar mentindo para sua mãe.

— Que estranho, eu pensei que vocês estivessem aqui jogando videogame. Se ele não está aqui, não está em nenhum outro lugar da casa.

— Achou eles? — Era a voz de Dongwook desta vez, soando abafada como a da mulher, por estar vindo do outro lado da porta.

— O Han está tomando banho, mas não sabe do Minho. — Explicou. — Filho, quando acabar o banho, desce, pois, trouxemos pizza.

— Ok, mamãe. — Respondeu sentindo a tensão de seu corpo se esvair. Minho ainda permanecia travado, agarrado em si como um coala. — Min? — Chamou em um sussurro, tirando o menino do transe. — O que vamos fazer?

— E-eu não sei. Eu posso descer pela janela e chegar fingindo que eu fui dar uma volta por aí, sei lá. — Disse soltando-o e se afastando, completamente sem jeito, evitando olhar para o corpo desnudo.

Han assentiu.

— Pode dar certo. De qualquer forma, acho que é a nossa única opção. Ou isso, ou a gente fala que eu tive câimbra no meio do banho e você veio para me socorrer.

Minho lhe fitou, com os olhos arregalados.

— Não! — Disse ríspido. — Ninguém pode saber o que aconteceu aqui, entendeu? — Seu olhar era frio e distante. Completamente diferente dos olhares calorosos que Han recebera a pouco do mesmo.

— E-eu concordo. Só estava b-brincando, até porque eu já disse que você não está aqui. Soaria estranho... — Explicou acuado em um murmuro.

Minho assentiu e começou a se lavar rapidamente. Han se afastou, abraçando seu próprio corpo. Se sentia criminoso... Um pecador. Se deixou levar pela luxúria e pelo desejo do momento. Tudo acontecera tão rápido e tão intensamente, que ao menos conseguiu raciocinar.

— Han, minhas roupas. — Minho murmurou com os olhos fixos em suas peças completamente enxarcadas no chão do box.

— Você pode pegar alguma roupa minha no meu closet.

— Mas como eu vou explicar isso?

Han deu de ombros.

— Aí, eu não sei. — Elevou um pouco o tom de voz. Estava se sentindo pressionado diante do caos que era aquela situação. — Inventa alguma coisa! Quem mandou você vir até aqui atazanar o meu banho relaxante e arrancar de mim a minha pureza? Agora se vira! — Han estava visivelmente nervoso, falando tão rápido quanto um rapper. — Agora me dá licença porque eu também preciso me lavar. — Disse já empurrando o maior e ficando debaixo da caída de água.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora