🩵 47 || Fogo!

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Com a aeronave particular dos Lee já em rota para a Ilha de Jeju, Minho observava com atenção o seu namorado dormindo agarrado em sua mãe nas poltronas duplas frente à sua e a de seu pai, este que por sinal estava bem ao seu lado, lhe encarando seriamente, com o cenho franzido e os olhos semicerrados.

— Você sabe que fez merda, não sabe? — Lee Dongwook murmurou, tomando cuidado para que a conversa paralela não acabasse acordando mãe e filho.

Minho sorriu de canto, em deboche, virando-se para fitar o mais velho.

— Se com merda você se refere ao fato de eu ter feito alguma coisa, diferentemente de você, sim, pai. Eu fiz uma grande merda e não me arrependo nem mesmo um pouquinho. Satisfeito? — Arqueou as sobrancelhas, cruzando também os braços.

Dongwook arfou, descrente do que ouvira.

— Moleque, quando é que você vai me respeitar, hein? — Deu um tapa de leve na cabeça de Minho, que apenas abaixou seu tapa olhos e posicionou a almofada de pescoço no seu, ignorando completamente o mais velho. — Isso, pode me ignorar, mas saiba que quando pousarmos em Jeju, vamos ter uma bela de uma conversa.

Minho murmurou algo que seu pai não entendeu, antes de se remexer na poltrona, se virando de lado, ficando de costas para Dongwook, que revirou os olhos e voltou a conversar com seu advogado pelo celular, o convocando para uma reunião de emergência em Jeju.

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Com pouco menos de uns trinta minutos, pais e filhos pousavam no pequeno aeroporto particular da Ilha de Jeju, de onde foram levados diretamente até a residência da senhora Ock pelo motorista particular do senhor Lee, que já os esperava previamente.

Assim que o carro estacionou frente ao seu destino, Han já estava com os olhinhos brilhando em ansiedade por finalmente estar em casa, com a sua família. Sorriu ao sentir sua mãe lhe apertar a mão, entrelaçada na sua, lhe olhando de forma amável, enquanto assentia em incentivo, para que o mais novo descesse.

À medida que desembarcavam, iam sendo recebidos por uma equipe coordenada de uns dez seguranças, treinados e armados, os quais foram contratados por Dongwook, para deixar de guarda ali na residência e também em Stay Valley. Dessa forma, se o senhor Han resolvesse agir de forma suja mais uma vez, estariam preparados.

Entretanto, infelizmente, para Jisung, que acabou sendo o último a descer do carro, dar de cara com homens de terno preto, escuta no ouvido e arma no coldre, na frente de sua casa, não era lá a melhor de suas lembranças. Na verdade, era a pior.

Han arregalou os olhos, já sentindo a velha tremedeira nas pernas e uma leve taquicardíaca o incomodar, pensou em dar meia volta até o carro, mas percebeu que mais ninguém ali parecia temer os tais homens desconhecidos, de semblante fechado, nada amigáveis. Minho, ao notar a hesitação de Jisung, segurou firme em sua mão, entrelaçando seus dedos e assentindo para o mesmo, com um sorriso simples e sincero.

— Está tudo bem, amor. Isso é coisa do meu pai.

Han assentiu, engolindo a seco, começando a caminhar com Minho, diretamente para a entrada da residência, onde sua mãe lhe esperava já com a porta aberta, passando a lhe acompanhar o passo do seu lado livre, com a mão em suas costas, alisando-a, enquanto adentravam no hall de entrada, seguindo para a sala de estar, onde se sentaram e suspiraram em uníssono.

— Ufa! — Dongwook foi o primeiro a se manifestar, sorridente. — Finalmente essa família está completa novamente.

Joohyun ainda se mantinha muito calada desde que soube que Minho havia conseguido resgatar seu filho até mesmo quando o encontrou na cobertura, não quis falar nada, apenas o abraçou. Só queria levá-lo de volta para casa, que era o seu lugar.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora