Pra você guardei o amor | Minsung

🩵 11 || Proteção

Após a bombástica "descoberta" em pleno desjejum, estavam os quatro sentados ali no grande sofá em L de couro bege na enorme sala social, divinamente bem decorada, digna de uma revista de design de interiores.

Minho e Jisung estavam sentados em um lado do sofá em L e o casal de adultos no outro lado. O Lee mais novo sentado de forma totalmente relaxada, com a cabeça jogada para trás, fitando tediosamente o teto com suas esculturas de gesso, enquanto Han mantinha os modos com suas pequenas perninhas devidamente cruzadas, estas que serviam de apoio para seu braço, que apoiava seu queixo.

A senhorita Ock e o Lee mais velho se entreolhavam vez ou outra, ambos inquietos. Certamente o clima não poderia ser mais desconfortável.

Alguém precisava tomar uma iniciativa antes que os grilos começassem a cantar naquele cômodo e foi o que a matriarca fez.

— Ok, eu não aguento mais isso! — Disse impaciente se levantando e atraindo os olhares masculinos para si. — Isso é ridículo! Somos todos adultos aqui. Eu e o Dongwook estamos sim saindo. Nós temos uma história antiga que ficou mal resolvida desde a época do colegial. A vida seguiu, tomamos rumos diferentes e muitos anos se passaram, porém, calhou de nos reencontrarmos agora e achamos que talvez tenha sido um sinal do destino ou sei lá, uma segunda chance. — Deu de ombros, voltando a se sentar e respirando fundo. O senhor Lee sorriu ladino para ela, acariciando sutilmente sua coxa.

— Bom, eu não ligo para essa merda. — Minho se levantou e os encarou. — Estão juntos? Que ótimo, felicidades! — Sorriu ironicamente, saindo apressadamente da sala e sumindo pelo extenso corredor que dava até os fundos da casa, deixando seu pai completamente indignado para trás.

Jisung que observou o loiro até o mesmo sumir do seu campo de visão, levou o olhar para sua mãe que o encarava de volta, como se esperasse pela vez da sua reação.

Han não era como Minho, muito pelo contrário, era o seu completo oposto. Jamais criaria um caso em cima de algo tão importante para a pessoa que mais amava. Só Jisung sabia o quanto sua mãe havia se dedicado pelo internato, este que a fez abdicar de tantas coisas em sua vida pessoal por todos esses anos. Joohyun tinha todo o direito de ser feliz ao lado de alguém que a faça bem.

Han sorriu sincero para a mais velha, sorriso esse que lhe acalmou o coração agitado e temoroso por uma possível reprovação de seu filho, este que sempre seria sua prioridade acima de tudo.

— Eu só quero que você seja feliz, mamãe. — Deu de ombros, se levantando.

Com os olhinhos cheios de água, Joohyun se levantou indo até seu pequeno e lhe abraçando apertado ao mesmo tempo que depositou um beijo naquela bochecha gordinha que tanto amava.

— Obrigada por ser tão... você! — Disse chorosa, desfazendo o abraço e limpando as lágrimas.

Dongwook que observava a linda cena atentamente, sentia-se com... inveja. Culpado, mais uma vez. Aquele era o exemplo perfeito de relacionamento que ele nunca teve com seu filho.

Suspirou pesadamente, se levantando e indo até Jisung, lhe estendendo a mão para um aperto, que rapidamente foi correspondido pelo menor.

— Obrigado pela sua bênção, meu jovem! — Sorriu ladino.

Joohyun a este momento sorria feito boba. Se sentia grandemente feliz com aquele momento, apesar dos pesares.

— Bom, eu acho que devo ir conversar com o Minho, certo? — Perguntou olhando para a mulher.

— Querido, ele está chateado... Dê um momento a ele por ora. Creio que mais tarde quando ele se acalmar, será melhor para conversar.

Dongwook assentiu.