🩵 23 || Flagrante

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Ao que chegaram na escola, o sol já estava se pondo, deixando o céu em um tom alaranjado. Eles até poderiam parar para admirar aquela aquarela linda acima de suas cabeças, mas dentro de seus peitos, os coraçõezinhos aflitos não lhe deixavam pensar em mais nada, a não ser em uma única frase que ecoavam em suas mentes atormentadas: "Será que alguém nos viu?"

Entraram quietos, sorrateiros, com medo de alguém os ver chegando àquela hora da área externa, onde normalmente os alunos só iam nos finais de semana, mas por sorte, os corredores não estavam completamente vazios, havia um pequeno tumulto de alunos do primeiro ano por ali, portanto conseguiram se infiltrar e passar sem problemas pelos monitores, indo diretamente para o dormitório 143.

Jisung fechou a porta assim que Minho adentrou e se agachou, sentando-se ao chão, com as costas colada à madeira da porta, soltando um leve gemido ao que sentiu sua entrada arder com o contato bruto da sua bunda batendo no chão.

— Você está bem? — Minho perguntou preocupado, se agachando em sua frente e tocando seu joelho.

Jisung assentiu, com seus olhinhos marejados. Minho engoliu a seco.

— E-eu te machuquei? — Indagou temoroso.

Jisung soltou um riso frouxo, balançando a cabeça em negativa.

— Você foi maravilhoso, Min. Foi a tarde mais incrível da minha vida, mas eu estou com um pressentimento muito ruim.

Minho suspirou pesadamente, cabisbaixo.

— Eu também..., mas eu não temo por mim, eu estou pouco me fodendo para mim, eu só não quero que nada aconteça a você. E não vai... Eu não vou deixar, hm? — Sorriu sincero, alisando sua bochechinha farta com o polegar. — Agora, vamos tomar um banho, que tal? Me deixa cuidar de você. — Aproximou seu rosto, selando brevemente seus lábios.

Jisung sorriu ladino, assentindo. Minho sorriu satisfeito, pegando seu corpinho nos braços, carregando-o como 'noiva' até o banheiro, onde o colocou de volta ao chão e começou a lhe despir, com todo cuidado, enquanto Jisung apenas o observava.

Ao que terminou de despir o menor, começou a retirar também as suas vestes, atraindo para si um olhar carregado de admiração, Jisung suspirou, sentindo um arrepio na espinha. Minho sorriu convencido ao perceber.

— Lindo, hm? E é todo seu, bebê. — Disse provocativo, arrancando Jisung de seus devaneios tão perigosamente sabotantes, que ruborizou imediatamente, levando as mãos até suas bochechinhas, tapando-as.

Minho riu brevemente, se aproximando e puxando seus bracinhos para baixo, colando sua barriga na outra quentinha e apertando levemente seus dedos na cintura fina, enquanto encostava sua testa contra a de Jisung, fitando-lhe nos olhos, sentindo suas respirações se misturarem e o ar ficar quente.

— E eu sou todo seu, amor. — Jisung murmurou, entrelaçando seus braços no pescoço do maior, que sorria abobalhado, com seus olhinhos brilhando e mais uma vez, com suas pupilas dilatadas.

— Do que você me chamou? — Minho murmurou, sem desmanchar seu sorriso besta.

— Eu não vou repetir se não perde a magia. — Sorriu, ao que Minho lhe pegou pelas coxas, subindo-o ao colo e Jisung logo cruzou as pernas ao redor do maior.

— Tudo bem, não tenho pressa. Tenho certeza de que ainda dirá outras vezes. Terei uma vida toda ao seu lado pela frente. — Murmurou, lhe selando os lábios demoradamente, ao mesmo tempo que caminhou com o garoto em seu colo para dentro do box, ligando o chuveiro com sua mão livre, fazendo a água morna cair em suas cabeças.

Jisung abaixou suas pernas, ficando de pé e se virando de costas para Minho, que abraçou sua cintura, de olhos fechados, soltando um gemido rouco ao sentir seu membro roçar na bunda desnuda de Han.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora