Valente

capítulo 24

- Não! - gritou o alfa, golpeando inutilmente o outro com os punhos quando o outro cravou os dentes no pescoço e soltou um grito de partir o coração.

Mew jogou o corpo do agora delta para o lado como se fosse um saco de lixo e cuspiu com nojo - meu ômega está certo ... você fede - ele disse limpando a boca com a manga.

Mesmo que ele esteja surpreso, o menor detectou o cheiro de podre de um lobo, o que mostrou a Mew que os instintos do ômega eram altamente desenvolvidos, mais do que ele imaginava.

Gulf estava de joelhos, apoiando-se nas mãos para não cair completamente, tremendo e olhando para o chão com os olhos úmidos, a voz de comando de Mew pegou seu ômega desprevenido, assustando-o fortemente.

Mew se jogou no chão, na frente dele e o pegou pela cintura, puxando-o para mais perto - amor... reaja, estou aqui - sussurrou preocupado e confuso.

O ômega apertou o tecido de seu peito e fechou os olhos com força, queria que seu ômega parasse de sentir tanto terror - ódio... esse sentimento - sussurrou com dificuldade.

Mew o abraçou forte e beijou seu rosto inteiro, o ômega passou os braços em volta do pescoço do mais velho e se acomodou mais em seu colo cheirando e tranqüilizando seu ômega para se recuperar-alfa... temos que ir - ele pediu com a voz trêmula.

Mew, sentindo o cheiro de terror de seu ômega e seu corpo tremendo, jurou que seria a última vez que usaria sua voz de comando na frente dele.

Levantou-se com o mais novo nos braços, passou por cima do corpo do alfa que Gulf inicialmente acertou, continuou respirando com dificuldade e baixou a cabeça mostrando sua submissão, deixando aquele peculiar casal ir embora.

***

Você é sangue puro?" perguntou o mais velho.

Eles estavam no quarto do menino, quando Mew chegou em sua casa ele o levou direto para lá , para acalmar seu ômega.

Depois de se recuperar, Gulf estava limpando os hematomas que Mew tinha no rosto.

Sob o algodão que continha o remédio e ele sorriu de lado, já ouviu essa pergunta mil vezes - Não... Sou um ômega comum.

Não pensei que você fosse tão forte... Ainda não terminei de me surpreender.

Acredite, não sou... só sei onde bater e usar o peso do meu corpo para isso... mas não sou nada forte.

Mew assentiu, ele tinha milhares de perguntas, mas não sabia qual formular.

Desculpe ter te machucado, ele disse novamente, ainda arrependido por ter aterrorizado seu ômega, achei que minha voz de comando não iria te afetar como os outros.

Sua voz me afeta muito... só você - confessou Gulf mantendo o olhar.

- Porque?

Meu ômega te reconheceu como seu alfa... Os outros alfas não me afetam mas você me dobra completamente... - Ele disse sinceramente vendo como um brilho especial aparecia nos olhos do alfa.

- Mew, você é meu alfa.

Era isso, as infinitas perguntas que eu tinha na cabeça desapareceram "Mew você é meu alfa" aquelas palavras eram como um aromatizante da vida, como uma enorme quantidade de êxtase ingerida de uma só vez.

Ele deitou Gulf na cama e se posicionou por cima dele, beijando-o vorazmente, fazendo-o gemer de forma surpreendente, o menor amassado a camisa na mão, levantando os quadris que estavam apoiados na mão do alfa, afagando seus desejos.

Talvez tenha sido a adrenalina de ter lutado juntos, ou o fato de que o ômega aceitou seu alfa e dizer isso em voz alta, estando tão intimamente próximos em seu quarto trancado os feromônios excitados de ambos os deixando loucos de desejo.

Mas eles estavam completamente desesperados para se tocar.

Gulf envolveu uma perna ao redor do alfa e se virou deixando o mais velho para baixo, Mew olhou para ele avidamente e mordeu o lábio, segurando-os pelos quadris, movendo-se para que o mais novo sentisse o que estava fazendo com ele.

Gulf tirou o suéter, deixando apenas a camisa e caiu novamente sobre o alfa, ficando a centímetros de seu rosto, eles se olharam por um segundo e sorriram travessos, juntaram os lábios novamente e suspiraram ao mesmo tempo.

A atmosfera naquele quarto havia se tornado totalmente erótica, os beijos pecaminosos, as mãos curiosas, a excitação, o desejo, a atração mútua, os dois exigiam pelo prazer carnal.

Parecia que nada iria detê-los, como uma bomba sendo detonada, uma avalanche de desejos, paixão e sexo, ansiosos para tocar o corpo um do outro, até que...

A porta foi batida e o ômega se separou do alfa ouvindo um grunhido possessivo por sua ação.

Gulf... é mild, não sei o que fazer, ele diz que dói, disse Kaownah do outro lado.

"Já vou - Ele respondeu e se levantou ao mesmo tempo que o mais velho se endireitou - Irei vê-lo, ok? - disse saindo do colo do alfa e ele acenou com a cabeça relutante, em seguida foi até a porta e correu para o outro quarto.

Kaownah entrou onde estava Mew e se não fosse o fato dele ser beta ela já teria sufocado com a quantidade de feromônios que inundavam a sala.

O alfa olhou para o beta e caiu de costas na cama de Gulf, cobrindo o rosto com o travesseiro, totalmente frustrado, querendo chutar seu amigo indesejado por quilômetros.

Os olhos de Kaownah se arregalaram e ele riu quando notou a enorme protuberância de seu amigo - o que estavam fazendo? - pergunto brincando.

Nada! - respondeu o alfa irritado -nós não fizemos nada por sua causa! intrometido descarado ! - repreendeu e jogou o travesseiro.

O beta começou a rir alto -Você está me dizendo que ver seu ômega bater em outro alfa te excita? Que fetiche estranho", ele brincou e o alfa rosnou...