Capítulo 24

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— Aí meu Deus! — eu voltei meu olhar para Camila que me encarou confusa quase no mesmo momento

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— Aí meu Deus! — eu voltei meu olhar para Camila que me encarou confusa quase no mesmo momento.

— O que houve?

— Olha — eu dei uma inclinada na cabeça discretamente para o lugar em que Theo estava, todavia, não olhei para lá. Eu vi a expressão confusa da minha amiga à frente mudar para surpresa, seu olhar rapidamente se voltou para mim como um imã e eu voltei a respirar.

— Esse é o você-sabe-quem? — as suas sobrancelhas continuavam levantadas e eu apenas balancei a cabeça positivamente, seus olhos se direcionaram para espia-lo — Ele tá vindo pra cá.

— O que? — eu sussurrei amedrontada. — Não, não, não.

— Oi, Anny — a voz viril logo invadiu meus ouvidos, eu quase fiquei imóvel com isso, meus olhos seguiram caminho até o garoto próximo de mim.

Ele trajava um sobretudo, por baixo dava para notar uma camisa branca e uma calça preta de alfaiataria, seus cachos estavam presos para trás e seu semblante estava suave.

— Oi, Theo — eu sorri simples. — Como está?

— Bem e você?

— Bem — mantive o mesmo sorriso — Ah, essa é minha amiga, Camila. Camila, esse é meu amigo, Theo — falei quase que de maneira nervosa demais.

— É um prazer — ele apertou a mão da Camila.

— Satisfação — ela sorriu sem mostrar os dentes.

— Você quer sentar com a gente? — perguntei educadamente enquanto não tirava os olhos dele.

— Não, eu estou aqui apenas pra comprar um livro rápido antes de encontrar minha família — ele respondeu com suas esmeraldas em mim — Ainda está de pé a nossa saída?

— Claro. Por que não estaria? — apoiei o cotovelo sobre a mesa e encostei a mão em meu queixo.

— Talvez Apolo não goste muito — ele concluiu com um olhar um pouco sombrio — Sabe, porque vocês parecem ter um lance e Lavínia me contou que ele parece bem interessado em você.

— Ah, Lavínia te contou? — meu tom era de desgosto.

Mentirosa.

Fofoqueira.

Milho descolorado.

É, mas bom, se você disse que ainda tá de pé, deve ser porque não tem problema, né?

— Sim, não tem problema nenhum — eu respondi quase que rapidamente.

— Depois falo com você para gente marcar de sair com mais calma — ele sorriu de lado — Agora eu tenho que me apressar.

Eu me levantei.

— Bom, então até mais — eu sorri sem jeito e apertei sua mão.

— Até mais — o de cabelos cacheados me puxou para um abraço apertado, senti seus braços fortes envolver minha cintura e em seguida seus lábios carnudos encostarem na minha bochecha — Vejo você em breve. — sussurrou próximo ao meu ouvido.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora