Capítulo 35

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Eu me sentia atônita ainda, sem acreditar

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Eu me sentia atônita ainda, sem acreditar. Entretanto, interiormente muito feliz. Meu lado sentimental sobre o Theo estava aguçado, me sentia ansiosa demais para o dia. Ambos finalmente íamos ter um tempo, ele também estava afastado de Lavínia e tudo parecia estar conspirando ao meu favor — tirando o fato de que eu estava em uma relação falsa com Apolo.

Enquanto eu e Flora saímos acompanhada com Lucca de bicicleta, o meu amigo me enchia de perguntas sobre eu e Theo. Flora, no entanto, estava ouvindo música no fone de ouvido ao mesmo tempo que cantarolava bem desafinado, andando na frente despreocupada com a vida.

— Apolo sabe que você vai sair com o Theo? — ele questionou aproximando sua bicicleta ao meu lado.

— Não, nem precisa saber — eu disse dando de ombros.

— Você sabe a confusão que isso pode dar? Imagina se alguém ver vocês dois juntos como um casal? — Lucca olhou para mim com seriedade — Porque pelo o que eu tô vendo, duvido que esse encontro seja entre amigos.

— Olha, poucas pessoas sabem que eu tenho uma relação com o Apolo, nada vai acontecer.

— Mas o Theo sabe que você tá se relacionando com o Apolo, não sabe? — o moreno arqueou a sobrancelha.

— Não sei, talvez ele ache que não é um namoro.

— No entanto, aquele show que você deu de ciúmes pelo simples fato que Apolo e Amália estavam juntos na escola deu a entender outra coisa. — sua voz soava irônica.

— É, eu exagerei um pouquinho — falei pensativa — Só que esse era o acordo com Apolo, eu tenho que parecer uma namorada apaixonada na frente de Amália.

— Tá, mas como vai fazer quando Theo tentar beijar você?

— Me beijar? — arregalei os olhos, quase parando a bicicleta.

— É, ele provavelmente pode tentar te beijar e aí você vai ter que colocar sua experiência em prática.

— Mas eu não tenho nenhuma, Lucca — eu disse apavorada.

— Exatamente! — Lucca falou sorridente.

Eu bufei, pensativa.

Não era como se fosse um fim do mundo, nós já tínhamos dado um selinho antes, mas não era a mesma coisa com um beijo de língua. E se eu batesse dente com dente? Se eu ficasse paralisada? Se eu tivesse uma crise? Não! Isso não pode acontecer.

— Na hora vamos saber. — falei engolindo seco.

O meu orgulho estava falando mais alto do que imaginei. Eu estava com medo, me sentindo intimidada depois dessa conversa com Lucca. Para mim sempre o mais difícil era matemática e física, mas beijar, nunca pensei que iria travar tanto.

Em meu quarto eu pude finalmente descansar depois de almoçar, meus olhos estavam quase fechando quando meu celular tocou.

— O que você quer, Apolo? — questionei com a voz arrastada.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora