Capítulo 44

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Camila foi a primeira se desvencilhar do beijo e arregalar os olhos quando se deu conta da minha presença ali

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Camila foi a primeira se desvencilhar do beijo e arregalar os olhos quando se deu conta da minha presença ali. Os lábios da minha amiga estavam inchados e vermelhos, Lavínia também não estava diferente. A loira tinha uma expressão surpresa, mas continha um sorriso provocativo.

— A-Anelise? O que você tá fazendo aqui? Pensei que tinha dito que não vinha — Sua voz soava insegura e perplexa.

— E não vinha mesmo, só tô aqui por causa da Flora — Comentei dando um passo para trás.

— Eu também pensei que não vinha, Anny — Lavínia começou a limpar o canto dos seus lábios — Tá afim de se juntar a nós?

Apolo, Theo, Camila, só falta pegar a Flora agora.

— Lavínia, para! — Camila disse brava — Eu posso explicar isso, Anny.

— Camila, fica tranquila. Você não precisa me explicar nada, a vida é sua. — Falei com calma, apesar de estar me tremendo por dentro vendo a satisfação estampado no rosto da Lavínia — Vamos Flora, precisamos ir atrás do Luís.

— Você nem gosta do Luís — Flora sussurrou próximo a mim.

— Cala a boca — Sussurrei de volta e peguei na mão da minha prima, a puxando para longe dali.

Não estava brava pelo o fato dela ter beijado a Lavínia, talvez apenas um pouco, porque ela sabia tudo que Lavínia me fez passar desde que eu pisei em Monte Campo. No entanto, se ela tivesse me contado antes sobre esse assunto, seria bem melhor.

Caminhei sem rumo entre as pessoas segurando firma a mão de Flora que estava resmungando algo que eu não conseguia ouvir. Como destino final, paramos nos lados das bebidas, comecei a encher meu copo vazio ao mesmo tempo que Flora ainda tagarelava.

Eu mal podia acreditar no que havia visto.

— Você tá gritando por dentro, não está? — Flora questionou me vendo dar virar o copo de uma vez.

— Não — Fiz uma careta — Só um pouco chateada e surpresa, mas vai passar.

Alguns minutos se passaram, o que foi o suficiente para Flora encontrar Luís. Ambos conversaram por algum tempo em um canto da festa parecendo discutir algum assunto muito importante e não demorou muito para que os dois pombinhos estivessem agarrados entre beijos e abraços.

Eu suspirei analisando aquela cena, me sentindo uma tocha humana e encalhada. Talvez eu estivesse com raiva por causa da carência momentânea. Meus olhos vagaram para os lados, buscando de novo alguém que eu ansiava por encontrar enquanto tentava esquecer o que acabara de acontecer.

— Procurando por mim? — Uma voz familiar nas minhas costas foi ouvida fazendo quase engasgar com a bebida. Virei meu rosto para encarar a pessoa e Apolo já estava com aquele sorriso metido nos lábios.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora