Capítulo 27

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O mês de abril havia se passado rápido e durante esse tempo continuei com o plano de Apolo

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O mês de abril havia se passado rápido e durante esse tempo continuei com o plano de Apolo. Alguns rumores estavam se espalhando pela escola, já que estávamos mais próximos em público. Não era como se fosse as mil maravilhas, mas dava para suportar. Isso ainda não havia chegado aos ouvidos dos meus tios, mas acredito que eles já desconfiavam e cada dia que passava eu me sentia mais arrependida de ter aceitado entrar nessa farsa idiota. Entretanto, Theo estava mais próximo de mim e eu não tinha a mínima intenção de deixá-lo escapar.

— O seu problema em física já foi resolvido? — Questionou minha mãe do outro lado da linha.

— Um pouco, eu consegui a média no primeiro bimestre. Graças aos trabalhos. — Suspirei pensativa.

— Entendo que deve ser difícil acompanhar uma escola como essa. Deve ser tudo mais avançado. — Sua voz parecia tentar me tranquilizar de algum modo.

— Até que sim, algumas coisas nem se compara com as escolas públicas do Maranhão.

— Realmente — Ela concordou.

— Mãe, posso perguntar uma coisa? — Questionei com medo.

— Pode.

— Como o meu pai se chamava? — Minha voz saiu um pouco temerosa, não era algo muito comum a gente comentar sobre esse assunto e eu sabia que isso deixava minha mãe um pouco incomodada, mas acho que já passou da hora de eu saber um pouco mais sobre ele.

Ouvi a mesma respirar fundo pelo telefone.

— Por que quer saber? — Seu tom era sério.

— Curiosidade, a senhora nunca me falou sobre ele, sempre foi tudo muito razo — Me expliquei com cautela.

— Não me diga que vai fazer uma investigação sobre ele, Anelise — Ela estava me repreendendo.

— Não, eu só quero saber mais sobre ele.

Um silêncio reinou por alguns segundos, entretanto, não o interrompi, esperei a mesma interrompê-lo.

— Um dia eu te conto sobre ele com mais detalhes, agora eu tenho que ir trabalhar no meu novo emprego, não posso chegar atrasada no primeiro dia. — Ela estava se esquivando mais uma vez do assunto.

— Tudo bem, então até mais — Falei em desânimo.

— Tchau — Ela desligou.

Suspirei, em seguida, olhei ao redor do meu quarto em desânimo. Abaixei-me para amarrar o cadarço do meu All Star que já estava um pouco surrado e então ouvi uma batida na porta.

— Anny, você está pronta? — Meu primo Miguel ficou de plantão por quase meia hora ansioso para irmos jogar futebol.

— Já desço — levantei da cama terminando o sapato.

Era o dia que reservamos para jogar futebol em um campo aqui perto de casa. Os meninos estavam animados, eu iria apenas com Jade e Lucca, assim me ajudariam a ficar de olho nas duas crianças e ao mesmo tempo nos divertimentos em grupo.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora