Capítulo 40

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Depois de uma hora na balada agitada, Theo finalmente resolveu me deixar em casa e eu já implorava por isso a muito tempo

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Depois de uma hora na balada agitada, Theo finalmente resolveu me deixar em casa e eu já implorava por isso a muito tempo. O incidente com Apolo havia me dado nos nervos, martelando na minha cabeça, afundando meu cérebro de modo dolorido. Ele era mais complicado do que eu, poderia interpretar sua atitude como ciúmes se não soubesse que ele ainda era apaixonado por Lavínia.

— Foi uma ótima noite, obrigada Theo — eu sorri de lado.

— Eu que agradeço, você é mais divertida do que parece quando se solta — O moreno devolveu o sorriso. Seus olhos estavam me encarando de maneira diferente agora.

— Bom, tirando o minha falta de talento com a dança, até que foi divertido — comentei meio sem graça. Theo deu um passo à frente, me analisando dos pés a cabeça. Eu apenas dei uma olhada para a porta da casa dos meus tios e tudo parecia silencioso.

— Você dançou bem — Quando menos percebi sua mão estava no meu rosto, acariciando minha bochecha de forma leve.

— Você também dança muito bem, melhor do que eu imaginei.

Um sorriso se expandiu pelo o rosto dele, nos olhamos por alguns segundos que pareceu uma eternidade pra mim. Theo estava se aproximando lentamente e eu imaginava o que ele estava prestes a fazer. Os olhos esverdeados estavam direto na minha boca e eu retribui o olhar. Com agilidade, os lábios de Theo estavam sobre os meus, esmagando de maneira lenta. Minha boca se moveu na mesma intensidade e eu já podia sentir o gosto de álcool se misturando no beijo.

Minhas mãos foram parar nas laterais do seu rosto e as dele foram parar na minha cintura, colando nossos corpos. Envolvemos nossas línguas ainda devagar. Era um beijo sem pressa, como se precisasse detalhar tudo e explorar o que desse para ser explorado. Theo sugou meu lábio inferior me fazendo tirar um gemido baixo.

Minha mente como uma traidora, recordou-me dos lábios de Apolo sobre os meus e de tudo que rolou naquela sala. Me fazendo desejar mais uma vez estar em cima daquele loiro. A luta interna dentro de mim estava atacando novamente e não sabia como lidar. O beijo, para minha própria surpresa, começou a ficar mais estranho.

Minhas mão desceram para o peitoral de Theo, o afastando devagar e sem brutalidade.

— Tá tudo bem? — ele questionou, parecendo confuso.

— Sim — eu falei com um sorriso — Provavelmente estão todos olhando agora. — apontei para as minhas costas, na direção da casa dos meus tios.

Theo soltou um pequeno riso.

— Bom, então eu preciso ir — Theo se aproximou mais uma vez dando um pequeno selo em meus lábios.

Eu caminhei até a porta e o observei dar partida em seu carro. Senti como se o ar estivesse voltando para os meus pulmões, tinha sido realmente uma noite agitada e um encontro pra cardíaco, mas eu havia sobrevivido. Retirei a cópia da chave e abri a porta sem fazer muito barulho, me deparando logo na sala com a família toda reunida fingindo que estavam assistindo alguma coisa na TV.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora