Da minha boca só conseguia sair ofego, era notório a minha perplexidade; os lábios aberto, o peito subindo e descendo com constância. Eu estava em êxtase. Mergulhada no pós-orgasmo. Com o corpo trêmulo. Era uma sensação maravilhosa, como se eu tivesse fora de mim e ao mesmo tempo era como se uma certa vergonha começasse a abater meu peito.
Era a minha primeira vez.
Minha primeira vez.
E eu havia me comportado como uma desesperada. Tomando a atitude, o beijando, quase implorando para ser tocada por ele. Eu nem me lembrava da última vez que perdi o controle assim. Sempre fui chata e sem graça demais para essas coisas. Cética demais para ser levada por sensações carnais. Ainda mais por alguém que eu achava que não sentia nada.
Em segundos a minha mente entrava em uma luta interna. Uma parte minha implorava por mais, implorava que ele continuasse, que ele me tocasse, que fizéssemos tudo e um pouco mais até cansarmos, até entrássemos em um êxtase profundo, mas o outro lado estava me coagindo a sair daquele transe e voltar para a realidade.
No entanto, os olhos dele.
Os olhos azuis.
A forma como Apolo olhou para mim, a forma como seus dedos tocaram meu corpo e a maneira como sua boca se movia tão bem, era um pecado. Um pecado tão bom. Embora parecesse calmo e paciente, o loiro parecia que estava ansioso para me tocar. Saboreando enquanto mantinha o contato visual. Me provocando de maneira lenta.
Apolo olhava para mim com curiosidade, acariciando minha bochecha suavemente. Colocando seu corpo sobre o meu de novo. Pronto para outro bote.
— O que estamos fazendo? — Eu ofeguei com cada palavra. Saiu como um pensamento alto.
Vi o mesmo franzir o cenho.
— Sexo.
Ele depositou mais um beijo em meus lábios, fazendo eu sentir mais o meu próprio gosto. A toalha ainda estava envolvida na cintura dele, a peça não disfarçava nada, seu membro rígido pressionava minha sensibilidade sob o tecido, forçando a me contrair e um som baixo sair dos meus lábios com aquela sensação.
— Esse som saindo da sua boca é tão bom de ouvir. — A voz dele ainda estava embriagada no desejo. Eu podia revirar os olhos de prazer apenas o ouvindo sussurrar assim.
Coloquei as mãos sobre o peitoral macio e liso, afastando o mesmo, finalmente o encarando no fundo dos seus olhos.
— Acho que estamos passando do limite — Eu sussurrei enquanto ele descia e deslizava os lábios sobre o meu pescoço, bem no meu ponto de pulsação. Passei as mãos pela cama indo de encontro a minha blusa com a tentativa de cobrir os meus seios — Eu não sei se deveríamos ter feito isso. Eu-
— Shhh... você pensa demais — Ele sussurrou contra minha pele, segurando forte meu pulso e afastando a blusa da minha mão, deixando mais uma vez meus seios expostos para ele. Onde ele deu pequenos beijos. Encarei seu par de olhos azuis e um pequeno sorriso escapou dos meus lábios notando a sua expressão maliciosa.
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Querido desconhecido
RomanceAnelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a garota se vê criando um cara fake para poder causar ciúmes ao rapaz. Entretanto, não fazia ideia de...