Capítulo 39

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Coloquei um vestido preto colado de alça fina que ia um pouco acima do joelho e um cardigan curto

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Coloquei um vestido preto colado de alça fina que ia um pouco acima do joelho e um cardigan curto. Dando últimos retoques na maquiagem, eu me sentia cada vez mais nervosa para o encontro com Theo. Eu já sabia como deveria me comportar ou interpretar a situação, no entanto, era como se eu me sentisse uma garotinha assustada de novo. Além do mais, os beijos que troquei com Apolo não saíram da minha cabeça.

— Como você tá linda — Flora apareceu na porta do quarto com um sorriso no rosto.

— Não tá exagerado?

— Claro que não — ela me olhou dos pés a cabeça — Mas eu pensei que fosse um encontro de amigos — minha prima cruzou os braços, aproximando-se de mim.

— Bom... — eu engoli seco.

— Me diga, Apolo sabe que vão se encontrar juntos? Pensei que vocês estavam em um relacionamento. Todo mundo na escola comentou o seu ciúmes quando ele estava com Amália — ela concluiu, me encarando.

— É apenas difícil de explicar.

— Você tá tirando a prova seus sentimentos, não é? Quer saber realmente de quem gosta e eu entendo, mas eu tenho que alertar você que outras pessoas tem sentimentos também, não é bom usá-las.

No fim, eu apenas concordei. Não culpei Flora por pensar assim, ela nem sabia da metade das coisas que realmente estavam acontecendo e provavelmente ela ficaria muito chateada depois de saber que eu escondi toda a farsa pra ela, no entanto, quanto menos pessoas souberem, melhor.

Desci as escadas esperando Theo na sala de estar, não demorou muito para que o som da buzina fosse ouvida.

— Não chega muito tarde — meu tio avisou com os olhos no computador — E me manda mensagem.

— Tá bom.

— Qualquer coisa que acontecer, liga pra gente por favor — o tom da minha tia demonstrava preocupação.

— Fica tranquila, tia. — eu sorri e dei um beijo no rosto dela antes de sair.

Na porta pude ver Theo encostado no carro com os braços cruzados, ele estava vestido em uma jaqueta de couro, aquilo o deixava muito atraente. Vi um sorriso se estender pelo o seu rosto enquanto eu andava em sua direção.

— Nossa, como você tá linda, Anny — seu olhar deslizou para baixo depois foi subindo gradativamente.

— Obrigada, você também tá um gato.

Fiquei surpresa pelo o carro brilhoso e que parecia luxuoso, havia boatos de que o pai dele o proibiu de dirigir por um certo tempo por causa de algumas festas. O mesmo abriu a porta para mim e eu entrei com cuidado, sentindo o cheiro agradável do automóvel.

— Pra onde vamos? — questionei quando o mesmo deu partida.

— Primeiro, eu quero te dar algo — ele disse com um sorriso presunçoso nos lábios — tem uma sacola no banco de trás.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora