Capítulo 53

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— Tem um minuto? — Lavínia encarou o meu rosto

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— Tem um minuto? — Lavínia encarou o meu rosto.

— Sim — Eu disse e logo senti sua mão apertar o meu pulso. A loira me puxou para um canto mais reservado do quintal enorme. Sua face demonstrava realmente seriedade e ao mesmo tempo, um certo nervosismo.

— Olha, eu sei que você só tá sendo educada comigo — Ela encarou o céu por alguns segundos antes de voltar seu olhar para mim — Mas eu agradeço por não ter sido indiferente comigo depois de tudo eu te fiz. — Lavínia apertou os próprios dedos, enquanto isso aquelas palavras ainda processavam na minha cabeça.

— De nada. — Eu falei sendo direta e meio sem graça. — Acho que nos conhecemos de maneira errada. Envolvendo sempre garotos no meio.

Ela suspirou.

— Não precisa pegar leve comigo, Anelise. Eu também fui muito imatura. Entendo ter sentido raiva de mim e querer me dá uns tapas.

— Bom, na parte de dar uns tapas eu não posso negar — Murmurei desviando o olhar e ela sorriu de lado.

— Eu mereço.

— Isso é um pedido de desculpas? — Eu arqueei a sobrancelha.

— Talvez — Eu pude ouvir ela suspirar — O lance com o Theo foi realmente difícil pra você, não é?

— Foi, mas eu tô bem. Tudo ficou claro como água agora — Eu abri um pequeno sorriso tentando parecer convincente.

— Eu fiquei com receio de te contar. Desde que vim pra cá, o lance entre Jade e Theo sempre foi muito bem escondido. No entanto, a família dele já desconfiava e bom, eles não aprovaram ela.

— Queria que tivessem me contado isso antes — Falei pensativa, dessa vez, olhando para o nada — E você se envolveu com ele mesmo sabendo disso. Por que?

— Carência — Lavínia respondeu imediatamente — Foi um pouco difícil o término com o Apolo e depois isso se tornou mais como um capricho — Ela parecia hesitante ao mencionar o nome dele.

Eu a encarei por alguns segundos em silêncio, logo pronta para continuar o assunto. No entanto, meus olhos foram certeiros em cabeleiras loiras e grisalhas.

Apolo adentrava o quintal com seus avós e irmãos, esbanjando elegância e postura só pelo o seu andar. Todos estavam bem vestidos e apreciavam a decoração. Os olhos azuis dele vagaram pelo o lugar parecendo ansiosos e curiosos, buscando por algo. Poucos segundos depois seus olhos se tornaram certeiros na minha direção. Eu desviei o olhar, voltando a minha atenção a Lavínia.

— Eu tenho que ir receber mais gente — Falei com um meio sorriso e ela apenas assentiu.

A medida em que eu caminhava na direção da família, o olhar de Apolo queimava em mim. E eu estava me sentindo intimidada, recordando-me do que aconteceu.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora