Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a garota se vê criando um cara fake para poder causar ciúmes ao rapaz. Entretanto, não fazia ideia de...
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— Acho que eu falei mais do que devia — Flora disse.
— Eu apenas ajudei Apolo em uma coisa. — falei me levantando da cadeira dando alguns passos para trás enquanto Lavínia acompanhava meu movimento.
— Ajudou o Apolo? — sua voz soou mais como um rangido entre os dentes — Que história é essa?
— Lavínia, calma — Flora se pôs no meio dela.
— Calma? Eu tô muito calma. Só que essa história de namoro falso é realmente verdade? Vocês estavam enganando todo mundo? — Lavínia questionou com um tom alto, atraindo alguns olhares de senhoras que estavam em volta.
— Não é exatamente isso...— falei meio pensativa.
— E o que é exatamente? — Lavínia falou brava.
— Vamos nos acalmar e conversar em um lugar mais reservado, ok? — Flora sugeriu de maneira rápida. Ela apenas pegou nossas mãos e nos guiou até o lado de fora que estava vazio, apenas a grama e o vento ocupava o lugar.
Lavínia deu um passo na minha direção e ficamos quase cara a cara uma com a outra, seus olhos azuis profundos demonstrava irritação, confusão e curiosidade. Ela ainda estava com os cabelos bagunçados por conta da briga e sua bochecha estava corada.
— Agora pode me explicar?
Eu suspirei antes de ter que falar sobre tudo o que aconteceu desde o início, a cada palavra que saiu da minha boca fazia a loira ter reações bem exageradas, o que indicava que ela estava prestes a explodir com tanta informação. Lavínia era uma garota meio egoista e metida, mas nada que eu fiz era pra ter algum tipo de vingança contra ela, até porque, sempre deixei claro que não tinha o mínimo de interesse em brigar com ela.
— Então vocês dois simplesmente decidiram que era uma boa ideia enganar todo mundo pra tentar conseguir os interesses próprios? — questionou a loira com um tom muito sério.
Exatamente.
Eu mordi o lábio inferior e dei de ombros.
— Lavínia, você é a última pessoa que pode julgar as ações de alguém aqui. Esqueceu o que você e Theo fizeram com ela? Um pedido de desculpas pode ter sido válido pra Anelise, mas não apaga seus erros. Você não tem o direito de ficar zangada. — Foi a primeira vez que eu ouvi a voz de Flora ser tão séria assim.
Eu olhei para minha prima com os olhos brilhando. Flora sempre me defendia, independente de quem fosse.
Vi a respiração de Lavínia pelo o movimento do seu peito e seu olhar se abaixar, ela parecia ter dado a razão as palavras de Flora. A loira se manteve calada por longos segundos, nos deixando um pouco tensas ainda com que iria falar.
