Capítulo 48

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Passei a noite toda estudando tentando entender a maioria dos tópicos abordados e as vezes cochilava durante o processo

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Passei a noite toda estudando tentando entender a maioria dos tópicos abordados e as vezes cochilava durante o processo. Quando acordei meus olhos estavam pesados, me sentia cansada, parecia que eu tinha sido atropelada. Flora, para minha infelicidade, fez questão de me acordar cedo e começou a me arrumar do jeito que ela queria. Eu não tive nem tempo para raciocinar de tanto sono que eu estava. Quando cheguei na escola eu sentia que estavam todos me julgando com o olhar, boa parte tinha ido a festa da Lavínia.

— Flora, se um vento passar vai levantar essa saia e todo mundo vai ver minha bunda — Eu reclamei enquanto ela me puxava pelo o pulso.

— Você tá de calcinha? — Questionou ela com uma sobrancelha arqueada.

— Claro?

— Ótimo! — Ela continuou me puxando e eu respirei fundo, sentindo a vergonha me tomar.

— Eu tô ridícula.

— Ridícula? Você está sexy, para de reclamar.

— Teve o coração partido e agora veio fantasiada de garota má? — Lavínia apareceu com um sorriso no rosto, seus olhos azuis vagaram pelo o resto do meu corpo. Eu revirei os olhos e sem paciência para falar mais nada, mostrei o dedo do meio para ela e acelerei os meus passos para sair dali.

Entrei na sala com o rosto quente, mal sentei e já podia sentir os olhares sobre mim, parecia que a fofoca estava a solta por ali.

— Soube que o Theo veio com o pai dele? — Uma das garotas do fundo falava.

— Eu vi, o pai dele foi conversar com o diretor — A outra respondeu com risinhos.

Não demorou muito para que Theo entrasse na sala, com o nariz coberto por uma fita branca e os lábios inchados. Ele parecia pior do que eu. Seus olhos verdes envolvidos por olheiras vagaram pela sala e chegaram até a mim, desviei o olhar rápido. Já sentia tudo voltando de novo, as sensações de decepção e a cena de ambos se beijando no quarto.

Sai da sala para tomar um pouco de ar e beber água, sentindo o nervosismo e a tristeza abater meu peito.

— Belas pernas — A voz de Apolo me fez saltar de susto. Eu virei o rosto para encara-lo.

— Como se não tivesse visto antes — Comentei cruzando os braços o encarando nos olhos. Vi o mesmo arquear as sobrancelhas meio surpreso com o meu comentário. Encarei a sua mão e me aproximei a tocando, vendo o vermelhidão. — Tá doendo ainda? Parece péssimo.

— Não muito — Ele respondeu parecendo meio nervoso. Acariciei o lugar com o polegar, um pouco preocupada. Eu levantei o meu olhar e seus olhos azuis já estavam em mim, encarando com uma certa atenção.

Limpei a garganta e afastei o toque.

— Como você tá se sentindo?

— Um pouco melhor — Respondi desviando o olhar.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora