Capitulo 08

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Isis narrando.

Acordei com um pouco de claridade que invadia o quarto, e além disso senti um peso em volta da minha cintura.
Virei pro lado, dando de cara com o Bernardo dormindo igual pedra, me estoquei para pegar meu celular, e acabei acordando o meu namorado.

— Ei.. ta cedo ainda, vai dormir amor. - reclamou me puxando pra perto, ainda de olho fechado.

— Bernardo, são 10 da manhã, que cedo o que.- digo assim que olho as horas no meu celular.

E simplesmente tinha 25 chamadas perdida do meu pai, isso mesmo.

Vinte e cinco, chamadas perdidas.

Acho que quem vai ficar perdida agora sou eu.

Tinha algumas mensagens da Giovanna também, perguntando se eu tinha perdido o juizo, que agora ela estava perdida também, porque se eu não lembrava, inventamos a desculpa de que iamos sair juntas, e eu resolvo assumir um namoro com o Bernardo, e o que o Tio Lucas ta querendo matar ela.

Não vou negar que eu comecei a ri, e mandei um áudio para ela falando que pelo menos nem eu nem ela ia se lascar sozinha, juntas sempre.

E ela me mandou um áudio xingando até a minha décima geração sem brincadeira, o que fez eu ri ainda mais.

Eu tava rindo, muito enquanto podia né, porque quando eu fosse para casa, eu tava lascada.

Levantei, tomei um banho, vestir a mesma roupa de ontem, afinal era a única né?

E o Bernardo realmente continuava dormindo.

— Oh bonitinho, acorda ai.- digo batendo no Bernardo. — Eu to com fome.

— Teu mal é sono Isis, vai dormir. - diz virando pro outro lado.

— Bernardo é serio. — To com fome, com mil e uma chamada perdidas do meu pai no celular. — Preciso ir tomar café e que você me deixe em casa. - digo seria.

— Mas você é chatinha hein. — Ganho nem um beijinho?  - diz

— Bom dia meu amor.- digo e dou um selinho rápido nele.  — Agora levanta.

Depois de muito reclamar, ele levantou e foi tomar banho, e enrolou mais um pouco, e agora estamos indo tomar café, isso mesmo 12:00 da tarde, mas estamos indo tomar café no centro e depois o Bernardo vai me deixar em casa.

— Seu pai ta me ameaçando de morte sabia? - diz me mostrando o celular, e rindo.

— Fica rindo Bernardo, eu to com vinte e cinco chamadas perdidas do meu pai, no meu celular. — Assim que eu passar por aquela porta, reza para você ainda ter uma namorada. - digo.

— Relaxa, pô. — Vou te levar lá, e vou conversar com o Tio Gabi, pô. - diz na maior naturalidade.

E eu juro que eu quase engasguei, com a comida.

— Você o que??

— Vou falar com tio Gabi pô, te pedi em namoro nada mais justo que ir la falar né. - diz.

— Bernardo, não.

— Isis, não tem discussão, eu vou e pronto. — Sei que cê ta morrendo de medo ai de enfrentar teu pai.

Eu não digo mais nada,  não ia adiantar discutir mesmo né?

Enfim, tomamos café e agora era hora de enfrentar a fera chamada Gabriel Martinelli mas conheciado como meu pai.

Juro que ja tinhamos, uns 30 minutos aqui dentro do carro na porta daqui de casa, e eu não queria descer não, mas o Bernardo me convenceu.

Assim que girei a chave na porta de casa, meu coração parecia que ia parar a qualquer momento, sentir o Bernardo entrelaçar nossas mãos, e entramos.

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