capitulo 99

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Alguns  dias depois...

Gabriella Dalot, narrando.

Quase duas semanas que meu amor, segue em coma.

E eu não aguento mais, tá difícil para mim, difícil para dinda, porque eu ainda consigo ficar com Bê, conversar com ele, mesmo sabendo que ele "não" está ali.

Mas a dinda não, é ela entrar aqui para ver o Bê, ela chora da hora que entra até a hora que vai embora, que o dindo tá quase proibindo ela de vim aqui, até porque ela tem passado mal também.

Mais difícil ainda está para Lua que está proibida de vim aqui, não deixam ela vir aqui nem cinco minutos, mesmo ela chorando, gritando, implorando para vim ver a alma gêmea dela, e que ninguém tem esse direito de proibir ela, mas proibiram..

Por isso, eu sigo escondendo que estou grávida.

Hoje a dinda quis ficar aqui com Bê pela manhã, e eu só vim agora, após almoço.

E aqui estou eu.

Fiquei conversando com Bê, conto as coisas a ele como se ele tivesse aqui, cada mínimo detalhe, inclusive os trabalhos que a Luna anda me dando, e dou risada sozinha.

Juro, minha cunhada não dá paz, a essa pobre acessora dela.

Depois não tinha muito o que fazer, deitei na cama que tinha ali, pra o acompanhante, no meio da tarde, trouxeram um lanche para mim...

Os médicos vinheram aqui ver o Bê, examinar, vista de rotina mesmo.

Graças a Deus, nada com o que se preocupar, está tudo dentro da normalidade e é só esperar ele acordar.

Estava quase na hora do dindo vim, e eu ter que voltar para casa.

E mais cedo quando eu estava mexendo no celular, eu vi um vídeo de uma das minhas ultras que eu gravei, do coraçãozinho do meu bebê.

— Oi meu amor, seu pai já está vindo e eu tenho que ir tá? — mas eu prometo que amanhã, eu volto, Bê.- digo. — A Lua tá com saudades, de você, todo dia que eu venho, ela pede pra te dizer o quanto ela te ama, e eu sei que você sabe disso, e sente também o quanto ela te ama. - digo fazendo carinho nele. — Ela tá doida para te ver, estamos torcendo para que você acorde logo, vida. - digo.

— Olha amor, tem outra coisa que eu tô tentando guarda segredo, mais eu não aguento mais, Bernardo. - começo a chorar. — Eu sei que não depende de mim, mais eu preciso que você acorde, amor. — Eu tô com tanto medo de ter que enfrentar isso tudo sem você, volta para mim por favor, Bernardo. — Eu tô implorando.- choro. — Eu preciso de você, nosso bebê também precisa do papai dele aqui amor. - digo e pego a mão dele e levo até minha barriga. — Olha como ele está crescendo, minha barriga já tá aparecendo, você tá vendo? - digo fazendo ele alisar minha barriga. — Ele nascem em setembro, e daqui até lá, a gente espera que você esteja com a gente. — Não me deixa sozinha, pelo amor de Deus amor. — nosso filho precisa de você meu amor, volta pra gente. - choro.

— Hoje a tarde eu achei um vídeo, lindo meu amor, sei que se você tivesse lá, você ficaria todo bobo. — Olha só, a coisa mais linda que é o coração do nosso filho, meu amor. - digo e coloco o vídeo para reproduzir e aí que eu choro mais ainda.

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