capítulo 84

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Luna narrando.

Festas de fim de ano são a minha época favorita, família reunida, confraternização, troca de presentes, as luzes de natal, são tipo de coisa que eu amo.

Eu nunca passei um natal longe da minha família, desde que eu me entendo por gente, nem quando meus pais se separaram, e depois que eu comecei a namorar com o Gael, a gente fez um acordo, que todo natal passaríamos com a minha família, e ano novo com a família dele, por ser aniversário da tia Taia.

E esse é o primeiro ano que eu estou longe deles, mesmo estando com o tio Emerson, tia Emilly, a vó Kel, e meus primos, não é igual a estar com meus pais e meus irmãos, eu me sinto completa perto deles.

Outro motivo, é que depois de tudo que aconteceu, a última coisa que eu tenho é clima para comemorações.

Eu passei o dia todo no quarto, estava bem indisposta hoje, tenho sentido muita dor nas costas, muito cansaço, fraqueza e tonturas, que são resultados de uma anemia que eu realmente não sei de onde saiu, eu sei que nas últimas duas semanas, eu descuidei um pouco da alimentação, obviamente, eu já estava com traços anêmicos antes, e agora só evoluiu, mas eu tô tentando, o problema é que os alimentos, sucos e essas coisas que a minha vó me dar, eu enjôo e vômito, então pós festas de fim de ano, eu vou fazer reposição de ferro venoso, igual a Bella tá fazendo, ela até me indicou a clínica, só que a diferença é que eu vou ter que fazer mais vezes na semana por está grávida e a anemia pode trazer algum mal pro Liam. .

Já perdi as contas de quantas vezes, eu já chorei no dia de hoje, por está longe das pessoas que eu amo, por querer o infeliz do Gael do meu lado e ele ter jogado tudo pro alto por causa de uma puta, e eu fui idiota de ter acreditado naquele papinho de que ele ia mudar, que era por mim e pelo Liam, que o Liam sempre foi o sonho dele, e que a nossa família estaria completa, e ele mesmo foi lá e destruiu a nossa família.

E como isso me dói, porque não teve um dia, um dia desde que eu vim para o Brasil, que eu não quisesse desbloquear ele de tudo, que eu não quisesse voltar correndo pros braços dele, e lutar e reconstruir a nossa família.

Mas eu estou quebrada em muitos pedaços, depois de tudo, eu não consigo mas lutar, eu não tenho mais forças pra isso.

E agora o único homem que merece o meu esforço é o meu pequeno, que é o homem e o amor da minha vida.

Agora são 21:00 horas, em tese era para eu está me arrumando, pois é o que a casa toda está fazendo, mas estou aqui deitada em chamada de vídeo com a minha família, e não posso negar que estou com os olhos cheios de lágrimas, porque eu queria está perto deles.

— Ô meu amor, não fica assim. — me desculpa, a gente queria está aí com você. - minha mãe diz ao perceber que eu estava quase chorando.

— Tá tudo bem mãe. — Eu sei que se pudessem estariam aqui. - digo.

O que não é mentira, eles até queriam realmente vir, mas eu achei melhor não virem, primeiro que vai gerar burburinho e o Gael pode descobrir onde eu estou, e segundo porque dia 26 eles já teriam que voltar, porque na Europa nada para, e meu pai teria que voltar por conta de alguma coisa dos negócios da família.

— Não gosto de te ver assim, Lu. - minha mãe diz. — sempre foi sua época favorita e te ver assim toda borocoxô na cama, me deixa mal. — Se arruma, e curte com seus tios e sua vô, além da Bella, princesa. - diz.

— Eu tô bem, mãe. - minto. — Jajá eu vou descer. - digo.

— Eu vou perguntar a sua vô, Luna. - diz.

— É sério, mãe. - digo. — Cadê o papai? - pergunto.

— Oi minha princesa. - meu pai diz aparecendo. — Feliz Natal, minha garotinha. — me perdoa por não conseguir está aí. - diz.

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