Capitulo 26

111 12 0
                                    

Luna narrando.

Hoje eu tinha decidido não ir para faculdade , iria passar o dia com a Anallu.

Todo mundo sabe que eu e a Anallu, nunca tivemos a melhor relação do mundo, mas minha irmã estava aguentando tanta coisa sozinha no último mês, acabou de descobri uma gravidez, fruto de uma relação sexual sem o consentimento dela.

E agora eu consigo entender que ela veio pra cá, pra fugir de tudo. E eu vou fazer tudo que estiver a meu alcance para poder ajudar a minha irmã.

Então eu acordei cedo, Anallu estava dormindo pelo que vi.

Mandei mensagem pro Gael me encontrar na padaria que tem aqui perto, já que ele estava vindo para casa, porque ontem eu pedi a ele para dormir na casa da Tia Taia, para que a Anallu pudesse se sentir mais a vontade também.

E como não era tão longe e o Gael estava de carro, fui andando mesmo.

— Oi amor. - digo assim que vejo ele parado enconstado no carro.

— Oi princesa. - diz me dando um selinho.

E nós dois entramos na padaria compramos tudo que precisavamos pro café, comprei todos esses pratos de de gente fresca que a Anallu gosta, e agora estamos voltando para casa.

— Vida, o que a Anallu tem? - Gael pergunta assim que entramos no carro.

— Lua ta grávida Gael, e quer tirar o bebê, porque envolve toda uma situação delicada, mas é uma história dela. — Só quero tirar essa loucura da cabeça dela.

— É serio? - Gael pergunta surpreso.

— Sim amor. — Só que tem toda uma situação, complicada Ga. — Depois eu te conto ta?

E ele só assente.

Chegamos em casa, e nem sinal de Anallu. Vou dar mais um tempo a ela, enquanto eu arrumo a mesa do café.

Fui chamar a Anallu, mas não tive resposta, continuei chamando a Anallu e sem resposta.

Puta merda Anallu, não me mata.

Coloquei a mão na maçaneta e trancada.

Eu comecei a gritar minha irmã desesperadamente e nenhuma resposta em volta.

Mas se a porta tava trancada a Anallu está la dentro.

Gael apareceu no corredor assustado.

— Luna o que ta acontecendo?

— Anallu, não responde Gael. — Anallu, abre aqui. - grito batendo na porta mais sem sucesso.

E por uns minutos eu parei de gritar, e eu pude ouvir um quase que sussuro da Anallu, me chamando.

Eu só sair correndo pra o home-office que tinha ali em casa, pegando as chaves reservas.

E eu comecei a tremer só de pensar que merda a minha irmã tinha feito. Com uma certa dificuldade eu abri a porta.

E que merda, chão do quarto puro vômito, Anallu deitada na cama, com a roupa suja de sangue, e ela estava fraca, mal conseguia falar ou manter os olhos abertos.

E eu olho pro lado, 5 emabalagens de um remédio abortivo, 3 abertas.

Eu não queria acreditar que a minha irmã tinha realmente feito aquilo.

— GAEL CORREE AQUI.- grito deseperada.

E em questão de segundos o Gael apareceu.

— PEGA A ANALLU, A GENTE TEM QUE IR PRO HOSPITAL.- Grito.

Legados. Onde histórias criam vida. Descubra agora