CAPÍTULO 28

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TYLER

SANTA MÔNICA, EUA📍

— Porra... — Resmunguei gemendo de dor, assim que o meu corpo foi lançado contra o chão pela sexta vez.

— É assim que você pensa que vai salvar a sua namoradinha? — Vovô Yuri perguntou com uma pontada de provocação.

— Ela não é minha nada. — Tive dificuldade para responder pelo fato de não conseguir controlar a minha respiração.

— Cuidado, a fase da negação começa sempre assim.

Hoje é sábado, cheguei ontem de Chicago e como combinado estou aqui para mais um final de semana de treino na casa no meio do mato do Chase. Como sou folgado, ontem quando cheguei, pedi para dona Bella pra dormir na casa dela e como a tia me ama aceitou e ainda fez aquele seu macarrão italiano delicioso.

Chase quando me encontrou lá começou me xingando um monte, perguntando se a casa da mãe dele é casa de caridade. Dias comuns da nossa amizade.

Faltam menos de duas semanas para o grande dia. O dia da missão. Todo mundo está treinando compulsivamente. Estou aprendendo a disparar com uma agente, uma das agentes da Ailey, boa em atirar em longa distância.

No final de semana passado a Lua veio nos visitar e ainda arrasou no jogo de tiro a longa distância. Me senti humilhado, jogou na minha cara e na do Chase e do Ryan que somos miseráveis. Ela explicou que aprendeu com seu falecido avô, e olha, se eu fosse avô dela estaria muito orgulhoso.

— Bora Tyler, levanta! — Disse ríspido.

Jesus amado, esse homem é um cubo de gelo em pessoa. Com esses treinos ele me mostrou o seu lado mais autoritário. Não que não esteja habituado, em Chicago tenho o Robertinho negão carequinha, mas, porra, não dá para comparar, sinto que estou sendo torturado pelo vovô Yuri.

— Vamos trocar de pares agora, você vai treinar com a Ailey. — Explicou, enquanto eu me levantava devagar com as mãos apoiadas nos joelhos. — AILEY! — Chamou-a.

— Mas a Ailey é uma garota, não vou lutar de igual para igual com ela, é covardia. — Endireitei minhas costas, observando o vovô Yuri mesmo a minha frente segurando sua vara de bambu.

Essa porra dói para um caralho.

— E? Você acha que criei meus netos só para eles gerirem empresas? Pensando melhor, você vai treinar com os dois, um de cada vez, claramente, não quero que você morra. — Abriu um sorriso estranho, mais pro macabro. Parece estar amando toda essa palhaçada. — CHASE!

Senhor, por que abri a minha boca?

A sala onde estamos é uma sala parecida com aquela que o tio Chris tem na sua casa. A única diferença é que esta é maior e não tem ringue de boxe. Está cheia de agentes treinando em pares nos seus respectivos tapetes de borrachas, a mandato do vovô Yuri, já que foi ele que se ofereceu para nos treinar.

— Sim? — Escutamos as vozes do Chase e da Ailey respondendo ao mesmo tempo.

Virei minha direção pro lado encontrando eles os dois do lado um do outro. Caralho, os primos Mori.

Chase usava uma regata justa no seu corpo. Podíamos admirar com clareza suas tatuagens no braço. Em baixo uma calça de treino, confortável e macia.

Não sei como esse homem não tem medo de treinar com esse piercing na sobrancelha.

Ailey não está diferente, na verdade, estamos todos vestidos da mesma maneira. Alguns podem estar usando regata branca, mas só isso é diferente. O cabelo dela está amarrado, mas como é curto, algumas mechas de cabelo estão soltas. Ailey também tem algumas tatuagens no seu antebraço.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora