CAPÍTULO 41

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TYLER

DOIS ANOS ATRÁS

Cancelem as apostas.

Passou um ano e não consegui conquistá-la. Nem se fizesse a merda de uma serenata pelado essa mulher abriria espaço nesse coração de pedra. Nem as cantadas em português que achei no Google ajudaram. Eu juro para vocês que passei um ano me humilhando para ela e nada. Repito, NADA, amoleceu seu coração de ferro.

Agora, oficialmente, sou o único solteiro do grupo, porque neste momento me encontro apagando o fogo no rabo do Chase e da Lua, usando gás carbônico com o extintor nas minhas mãos. Esses dois estavam na maior pegação e amassos na frente do mundo inteiro.

Chase riu, afastando poucos centímetros o seu corpo do dela e permaneceu com a mão na cintura da Lulu.

— Qual foi, Tyler? Não tem boceta para chupar? — Ele me encarou estressado.

A que eu quero fica fazendo um cu doce do caralho.

— Não, estou perdendo o meu melhor amigo, não gostei. — Brinquei, fazendo o meu teatrinho habitual e Chase apenas rolou os olhos.

— Vocês estão indo embora agora? — Lua perguntou observando em volta, provavelmente procurando o resto da galera.

— Ryan e Rika foram levar o Will em casa, porque ao que parece a madame não vai agora. — Debochei, apontando para ela.

— E tu não tem a Nycoly para chatear, não? — Foi a vez do Chase.

Ela foge de mim igual diabo foge da cruz, meu parceiro, se pudesse estaria com ela nesse preciso momento.

— Tá me expulsando? — Fingi estar incomodado. — Nossa, me trocou por mulher mesmo. BELEZA, EU FUI ABANDONADO PELO MEU MELHOR AMIGO. — Comecei a me distanciar deles, deixando os pombinhos em paz.

Entrei na multidão novamente. As pessoas comemoravam a vitória dos três primeiros corredores que chegaram primeiro. O cheiro do álcool já estava forte, havia grupos bastante animados e quando digo bastante, é porque estão puramente alcoolizados. O after da corrida é sempre uma putaria.

Me pergunto se a Nycoly também participa dessas festas, e pensando nisso, nunca reparei na presença dela nesses ambientes. Como é a chefe de tudo isto, pensei que aproveitaria os momentos também com os seus colaboradores.

A minha frente há um dos seus funcionários passando e como não sou idiota aproveitei a oportunidade que o universo está me dando. Chamei-o, assobiando e diminuí a nossa distância, chegando perto dele.

— Foi mal te chamar assim, mas você sabe da Nycoly? — Perguntei sem graça.

— Ela acabou de ir embora, deve estar no estacionamento. Se você estiver com sorte ainda a encontra. — Explicou educado e eu agradeci com um sorriso.

Puta que pariu. Espero estar com sorte.

Afastei-me do funcionário e corri até ao estacionamento. Ultrapassei pessoas com tanta pressa que acho que chutei alguém sem querer, até chegar numa parte mais vazia e silenciosa, muito iluminada com postes de luzes e vários carros luxuosos. Era um carro mais bonito que o outro, parecia o paraíso. Explorei o estacionando até eles caírem em longos cabelos cacheados e ruivos.

Lá estava ela com seu vestido branco justo e acentuado no seu corpo cheio de curvas. Seu cabelo ruivo acompanhava o balanço hipnotizante do seu quadril, enquanto ela andava até seu carro, um Audi RS8, preto.

— NYCOLY! — Gritei e prossegui meus passos até ela, um pouco mais calmo.

A pretinha parou e girou seu tronco para trás. Assim que seus olhos bateram nos meus, ela revirou os olhos, provocando uma risada fraca em mim. Diminui os passos e parei defronte a ela, me acalmando, e observando sua postura serena e elegância. No seu dedo girava sua chave do carro, passando tempo.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora