CAPÍTULO 65

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 NYCOLY

Entramos no apartamento tropeçando em nossos pés e nos beijando, enquanto Tyler tentava tirar a minha roupa com pressa. Puxei seu cabelo e ele mordeu o meu lábio inferior. Suas mãos desciam pelo meu corpo, aproveitando para apertar uma das minhas nádegas, o que fez com que um gemido saísse da minha boca num tom fraco e manhoso.

Eu era viciada na sua boca. Ela encaixava perfeitamente na minha.

Nossas línguas sugavam intensivamente. Era um duelo para ver quem teria posse. O clima cada vez esquentava. Minha boceta já dava sinais. Ela pulsava, doía, e eu esfregava minhas pernas uma na outra para tentar me aliviar. O clima nos levava para o destino que já sabíamos, mas tínhamos nos esquecido de um pormenor e foi ele que nos interrompeu, latindo alto.

A Lola.

Tyler descolou nossas bocas rindo e segurou firme a minha cintura para eu não fugir dele. Mas eu queria me afastar, porque sua ereção batia no meu quadril. Sentia seu pênis duro como uma pedra.

— Esqueci que não estamos sozinhos. — Sussurrou com a voz carregada de tesão.

— É... — Girei a cabeça para o lado, encontrando a Lola com dois lacinhos na orelha e sentada no chão, nos analisando com seus olhos curiosos. — Oii, meu amor. Cheg... — Engoli em seco, assim que senti a língua do Tyler deslizando pelo meu lóbulo.

Cocei a garganta, fingindo plenitude, mas por dentro meu corpo queimava. Queimava de desejo. Eu queria que ele avançasse. Que me empurrasse contra esta parede e beijasse cada parte do meu corpo. Que tocasse com a sua mão e me desse prazer. Que me fodesse forte. Mas não diante da nossa filha. Há limites que não ultrapasso.

A língua dele desceu para o meu pescoço e Lola inclinou a cabeça confusa, não entendendo o que dois seres humanos estavam fazendo.

— Tyl... — Arfei, quase perdendo o raciocínio quando ele se mexeu, provocando um atrito entre nossas virilhas. — A Lola, Tyler. Se controla. — Tentei miseravelmente afastar seu peito do meu, porém a força na minha cintura era suficientemente forte para que Tyler não se mexesse nem um centímetro.

— Me fala onde você quer ser fodida, minha gostosa? — A voz dele soou no meu ouvido. — No quarto? Na sala? No corredor? Na bancada da cozinha? No sofá ou na sacada? Imagina você de costas para mim, eu te metendo fundo, enquanto você admira as luzes de São Paulo. Seria lindo, né? Dizem que São Paulo é muito mais bonito de noite e eu amaria assistir com uma participação especial. Então, escolhe.

Minha atenção continuava na nossa filha à minha frente. Percebia-se que Lola queria brincar, queria atenção, mas nem eu, nem o Tyler estávamos dispostos a dar isso para ela agora. Talvez amanhã eu a leve comigo para passear.

— E a Lola? — Arrastei o nome da cachorra, perdendo a força das pernas. Meu cérebro não raciocinava com o Walker falando pura putaria no meu ouvido. — Tyler... — Repreendi-o, mas o tom saiu mais como um gemido manhoso do que uma censura.

Acho que ele, neste momento, não se importava com a Lola. Tyler só queria uma coisa.

Então sobrou para eu me soltar dos braços fortes dele e pensar direito. Me conduzi até a cachorra, ajeitando minha camisa e atrás escutei o chiado saindo da boca do bonitão.

— Oii meu amor. — Inclinei o corpo, acariciando seus pelos. Lola se levantou, animada com a língua de fora. — O que você quer, hein, linda? — Afinei a voz, observando a bolinha de pelos dourados se contorcendo. — O que você acha da gente ir para o quarto, sim? Você deixa a gente uns minutinhos sozinhos, amor?

Atrás, a risada do Tyler preencheu o espaço. Virei a cabeça para trás o encarando por cima do ombro e o encontrei na cozinha, colocando vinho em duas taças de vidro em cima da ilha. Seus olhos cruzaram com os meus e Tyler levou uma das taças até sua boca, sem cortar o contato visual. Voltou a pousar o copo na bancada e sorriu de canto, piscando o olho.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora