CAPÍTULO 16

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NYCOLY

SÃO PAULO, BRASIL📍

AVISO DE GATILHO RACIAL E EMOCIONAL.

( PARA AS PESSOAS SENSÍVEIS, RECOMENDO QUE NÃO LEIAM)

Está tudo um caos.

Desde sábado que recebi a bomba, tudo está de cabeça para baixo. Não paro de aparecer em sites e revistas de fofocas. Já processei cinco empresas por difamação e li vários comentários absurdos. Deveria ler? Não, porque está me fazendo mal, então desde ontem estou tentando não entrar nos sites para não ler os comentários relacionados a mim.

Sobre o Arthur, nada dele por enquanto, ele apenas lançou a primeira bomba e agora está quieto. Não recebi nenhuma carta sendo ameaçada e nem denúncias sobre mim apareceram. Converso com a Ailey, ela sempre me mantém à parte o caso do Arthur e do irmão estuprador nojento. Ela me passa confiança, sinto que ela está realmente me protegendo e sempre me aconselha para focar apenas no meu trabalho, no mundo das corridas, e é isso que estou tentando fazer.

Agora estou no escritório respondendo a mais parcerias que estão interessadas em estar presentes no dia da corrida de motos aqui no Brasil e nos Estados Unidos também. Isso de alguma forma me surpreendeu, com as fofocas rolando sobre mim, pensei que aparecia menos colaboradores interessados em fechar parceria comigo, mas não, está sendo o oposto e estou muito feliz com isso.

Victor tem me ajudado muito, sério, amo esse branquinho, o meu braço direito. Às vezes reconheço que sou muito exigente com ele, pelo fato de precisar muito dele, tanto que mesmo com esta confusão toda lhe dei folga anteontem. A reação dele foi a melhor, tão engraçada. Victor merece folgas como agradecimento ao trabalho árduo dele e a paciência que ele tem comigo.

— E mais um e-mail respondido. — Encostei o meu corpo contra a cadeira confortável e macia. Tirei os óculos pondo em cima da mesa e suspirei profundamente massageando as minhas têmporas.

— Musa! — Disse Victor, entrando no meu escritório. — Sua equipe lá dos Estados Unidos quer agendar uma reunião para você. Quando você está disponível?

— Marque para segunda de manhã, como só entro de tarde. — Respondi. — Tenta colocar num horário acessível para todos devido à diferença de horário.

— Ok, musa! — Victor sorriu, concordando. — Precisa de mim? — Neguei com a cabeça, devolvendo um sorriso sutil.

— Estou bem, meu bem! Preciso trabalhar mesmo para ocupar a mente.

— Certo, chefe, se precisar que eu faça alguma coisa me chame. — Assenti com a cabeça e ele virou de costas para mim, saindo.

Quando eu estava prestes a voltar ao trabalho, o meu celular pessoal em cima da mesa começou a tocar. Peguei, voltando a usar os óculos e na tela brilhava o nome da minha mãe.

— Oii, mãe, tudo bem? — Atendi calmamente, colocando a ligação no viva voz.

Oii, filha. — Sua voz saiu fraquinha e trêmula. — Não queria estar pedindo isso para você porque você está trabalhando, mas você pode vir com a gente na escola do Caio?

— Ih, que voz é essa? O que aconteceu? — Me levantei preocupada, começando a arrumar as papeladas. — Você está chorando, mãe? — Coloquei tudo na bolsa com pressa e fui até a arara puxando o casaco.

Aí, filha... — Suspirou pesado. — Só vem, estou aqui com o Carlos, depois a gente explica tudo.

— Está bem. — Abri a porta, enquanto vestia o casaco — Até já! — Do outro lado da linha ela respondeu de volta e depois desligou.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora