CAPÍTULO 52

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TYLER

NOVA IORQUE, EUA📍

— AEE PORRA! — Meu time gritou, levando mais um copo de cerveja à boca, após brindarmos.

Estamos comemorando mais uma vitória e cada vez que avançamos, melhorando a cada jogo, penso que o troféu da temporada deste ano será nosso.

— O Jordan está bêbado pra caralho. — Disse um dos meus colegas de equipe rindo das palhaçadas que Jordan fazia.

Ele estava em pé, em cima da cadeira balançando o seu corpo no ritmo da música que tocava no fundo. Pelo que o Jordan disse, a música se chama Party with a Jagaban de Midas the Jagaban. Não conheço, não sei muito sobre esse estilo musical, mas gosto da batida.

— Se ele sóbrio é doido, imagina bêbado. — Disse Kevin, sentado ao meu lado.

Ele é o único que não está bebendo por não gostar de cerveja e não pede outra coisa porque necessita voltar consciente para casa.

Comparado com os meus amigos, eu também não bebi muito, esta é a minha segunda garrafa, sem contar que estou bebendo bastante água. Quero estar bem quando chegar em casa para brincar com a Lola, que deve estar bem em frente a porta, esperando pelo seu papai.

Estou pensando em ir agora. Já passa da meia-noite e andar a essa hora pelas ruas de Nova Iorque é um convite para ser assaltado. Tenho o papel de pai para cumprir, pois minha filhota está me esperando.

Levantei-me da mesa, atraindo olhares de todos e um deles perguntou:

— Você já vai, Walker?

— Sim. — Abri a carteira tirando a parte do meu pagamento e pousei em cima da mesa. — Tenho alguém me esperando em casa.

Não demorou muito para os olhares maliciosos, as piadas idiotas e os assobios começarem. Neguei com a cabeça, achando eles todos uns ridículos e vesti a minha jaqueta de couro, guardando o meu celular e as chaves de casa.

— Vai ver aquela sereia que você decidiu trocar pela minha prima? — Jordan disparou, visivelmente embriagado.

O clima pesou e os meus colegas se calaram. Eu sei que ele ainda tem raiva e ranço de mim, apesar de ser meu amigo. Acho que só continuamos com essa amizade pela consideração que temos um pelo outro. Não vou brigar, ele está bêbado demais para conseguirmos ter uma conversa civilizada.

— Tchau pra vocês, rapaziada. — Acenei, ignorando a pergunta dele.

— Estou falando com você, seu covarde. — Disse rude.

Jordan balançou na cadeira, se desequilibrando, mas antes mesmo dele cair, Kevin o segurou e me olhou com aquela expressão de: vai logo, eu resolvo.

Enfiei as mãos nos bolsos e segui em direção à porta do estabelecimento. Empurrei a porta e passei para o lado de fora, expirando pesado. Não queria tê-la magoado, não queria que nada disso tivesse acontecido, mas porra, aconteceu, e eu quero me desculpar, quero muito. Contudo, estou bloqueado em tudo, até na porra do e-mail. Sim, tentei entrar em contato com a Alana através do e-mail, e ao que parece ela adivinhou que eu tentaria por lá. E assim fica difícil conversar com ela.

Andei pelas ruas vazias e frias, escutando o barulho dos carros que passavam e os assovios do vento que circulavam. Fazia frio, só esta jaqueta não estava sendo o suficiente para me aquecer. Curvei a rua e parei, encontrando duas pessoas escondidas numa parte onde o poste estava desligado. Não consigo entender o que estão fazendo, parece uma briga, porque a mulher tentava puxar seu braço que o homem estava pegando com insistência.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora