CAPÍTULO 19

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TYLER

MIAMI, EUA📍

— 'Cause I'm fucking your girlfriend. — Cantarolei "I mean it". — and there's nothing you can do about it. — Pisquei o olho pro Ryan.

— Eu batia. — Comentou Chase, rindo. — Enfiava esse taco de sinuca na boca dele.

— Dá ideia não. — Chutei a perna dele de leve, enquanto Ryan nos repreendia negando com a cabeça.

— Eu me garanto, relaxa, Chase. — Disse Ryan, confiante. — Erika não aguentaria esse garoto.

— Nem eu a ela, Deus me livre. — Peguei a minha latinha de refrigerante e o levei até a boca, sentindo o gostinho da Coca.

Ainda fazia muito calor, mesmo sendo final de tarde. Estamos na sala de jogos do condomínio do Will e da Lua. Quando terminou o desfile decidimos ir para a praia mesmo aqui à frente do apartamento deles, ficamos lá um bom tempo só na palhaçada e voltamos faz pouco tempo. As meninas estão lá no apartamento da Lua, Will saiu com o Adams que chegou de surpresa e nós estamos na sala de sinuca jogando, enquanto esperamos pelas madames.

Está fazendo vento, mas é um vento quente, úmido e seco. Tanto que até tirei a minha camisa, ficando apenas com as calças exibindo meu corpo definido e minhas tatuagens espalhadas pela minha parte superior.

— Essas garotas estão fazendo o quê? Que demora. — Disse Chase, apoiando seus braços na mesa de sinuca.

— Erika disse que ia mudar de roupa. — Explicou Ryan. — Mas já passou muito tempo. São mulheres, a gente nunca vai entender.

— Nisso você tem um ponto. — Pousei a latinha um cantinho da mesa.

— Essa tatuagem... — Murmurou Ryan, encarando a tatuagem da sereia.

— Histórica! Ainda me lembro do dia que ele fez. — Disse Chase animado com os olhos brilhando. Ele ama colocar fogo na lenha. — Alana sabe o significado dela? — Provocou.

Ele se lembra porque foi comigo. Fiz nas férias, semanas depois após a nossa formatura. Estávamos os dois bêbados, Chase estava um pouco mais consciente que eu. Tinha vontade de fazer essa tatuagem há algum tempo, então podemos imaginar que foi engraçado quando chegamos lá no tatuador e eu pedi para fazer essa tatuagem.

No início ele não queria, estava com receio e ainda me avisou que eu poderia me arrepender, mas mesmo assim insisti em querer fazer. Depois de muita insistência, fiz e no dia seguinte quando acordei já não tinha como voltar atrás. Não me arrependo... gosto dela, além disso tem um significado especial.

— Só disse que fiz porque achei interessante. — Dei de ombros, não ligando para a provocação desses idiotas. Eles não colaboram nem um pouco, esses fodidos. — O que não é mentira.

Ryan e Chase se entreolharam e levantaram os dois ao mesmo tempo, os braços em sinal de rendição, decidindo não abrir mais a boca para não falar nenhuma gracinha.

Chase voltou para a sua posição de um lado da mesa e ficou quieto esperando que o Ryan jogasse. Estou surpreendido com ele porque neste momento a essa altura ele já estaria com o baseado na boca, fumando, mas não, Chase está calmo e sossegado sem depender de uma droga. Uma semana sem fumar é uma conquista boa e grande para alguém como ele e imagino o quanto está orgulhoso de si mesmo.

— A Lola? — Perguntou Ryan, enquanto se posicionava para tacar a bola.

— Na casa da minha tia Sophia.

Ele assentiu e inclinou o tronco ligeiramente para frente. Permaneceu calmo e concentrado na bola que vai tacar. Com cautela bateu na tacadeira e a bola rolou pela mesa com velocidade e força até a bola vermelha, entrando diretamente na caçapa e recebendo mais um ponto para ele. As vermelhas valem um ponto.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora