CAPÍTULO 50

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 NYCOLY

Já rodei todos os lugares desta arena e devo admitir que é bonito. Possui uma mega estrutura com poltronas confortáveis, estacionamento, praça de alimentação com marcas de fast food, bastidores, vestiários e camarotes para assistir melhor o jogo. Lua, Chase, Will, Ryan e Erika devem estar lá. Fiquei sabendo que entre um jogo e outro rolam brincadeiras e danças com os espectadores. Tem vezes que acontecem grandes shows, mas para saber precisamos olhar na agenda do local.

Depois que o William me abandonou, fiz um tour para passar o tempo, comprei um refrigerante e agora me encontro procurando pelo Tyler. Mandei até uma mensagem para a safada da Lua perguntando pelo seu primo e ela me respondeu que ele provavelmente deveria estar ainda no vestiário.

Sentindo-me nervosa, caminhei até ao local. Pelo percurso apertava o celular contra a minha mão e engolia o líquido do refrigerante, tentando levar junto toda a minha angústia no peito. Pedi também informações aos seguranças para saber se estava indo na direção certa, por fim, ao chegar diante das grandes portas do vestiário, parei inquieta, pensando se isso era uma boa ideia.

Estou desconfortável com essas sensações novas que estou sentindo. É sempre assim quando se trata dele, sempre, constantemente, e isso é estranho. Estranho para mim. Tanto que...

Meus pensamentos foram cortados com a gritaria saindo lá de dentro e meus olhos se arregalaram quando uma multidão de jogadores com camisas de cor azul, laranja e prata saíram pelas portas. Eles conversavam entre eles e rindo das palhaçadas um do outro.

Me encostei na parede, abrindo mais a passagem para eles. Todos estavam ocupados, menos dois que direcionaram seus olhos para mim. Um é negro de pele clara com waves no cabelo e o outro usando dreads. Eles sorriram e começaram a apontar para mim, iguais crianças do fundamental. Arqueei a sobrancelha confusa, pois não estava entendendo nada.

— TYLER!!! — O de waves gritou, fazendo todos se calarem para prestar atenção.

— SUA SEREIA ESTÁ AQUI TE ESPERANDO. — O de dreads passou por mim, piscando o olho.

Rolei os olhos, negando com a cabeça.

— CUIDEM DA VIDA DE VOCÊS, PORRA! — Escutei sua voz grossa e suave.

Voltei minha atenção para a porta o encontrando. Não sei o porquê, mas meu coração pulou quando nossos olhares se cruzaram. Não era a primeira vez que o via com camisa de time, mas era a primeira vez que o vejo com uma oficial da NBA. E céus, deixava-o mais lindo. O número oito na frente e por cima escrito Nova Iorque, por trás provavelmente deve estar seu sobrenome e o número novamente.

Ele sorriu para mim e como consequência, seus colegas de time começaram a gritar animados, fazendo comentários idiotas. Rio deles, enquanto Tyler se aproximava de mim com passos calmos.

No início do corredor apareceu um homem negro, carequinha, grande e forte. Ele andava com o semblante fechado e com uma postura intimidadora. Encaixou suas mãos no quadril e olhou para os seus jogadores, frustrado.

— Bora! Bora! Bora rapaziada! — Disse para eles.

— Treinador, Tyler está de namorico. — Disse o mesmo garoto com waves.

— Tyler agora não é hora para namorar, o jogo começa dentro de quinze minutos, preciso de vocês na quadra. — Apontou para o relógio no pulso.

— Me dê cinco minutos, treinador. — Tyler pediu unindo suas mãos grandes realçadas de veias.

— Tyler... — O senhor suspirou, massageando suas têmporas. — APENAS CINCO MINUTOS. — Walker concordou com o balanço da cabeça. — E vocês desapareçam da minha vista. — Indicou para os outros.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora