CAPÍTULO 69

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ILHA GRANDE, RIO DE JANEIRO📍

NYCOLY

DUAS SEMANAS DEPOIS

Duas semanas se passaram desde que contei a verdade sobre a morte do meu pai. Passamos grandes sufocos durante essas semanas. Minha mãe passou mal algumas vezes, ela não estava comendo e tivemos que ir para o hospital para Jana ser nutrida através do soro. Foram noites dormindo lá, mas agora parecia melhor, Jana estava melhorando.

Foi tenso e doloroso, mas tivemos muito apoio de Carlos, alguns tios mais próximos e especialmente do Tyler. Tyler foi um amor para a minha mãe e os meus irmãos. Fazia questão de mimá-los também com seus presentes caríssimos. Teve uma vez que Caio ficou doente, minha mãe e Carlos tiveram que ir trabalhar e Mariana foi para a escola, então eu e o Tyler ficamos tomando conta dele. Houve uma parte do dia, que peguei os dois dormindo abraçados no sofá da sala. Tirei até foto para registrar a fofura que presenciei.

Eu me apaixonava cada vez que via o Walker tratando bem os meus irmãos. Ele cuidava deles, como se fossem seus próprios filhos e aquilo era lindo de assistir e fazia-me pensar que se com os meus irmãos ele era assim, como será com os nossos filhos no futuro? Seria um pai babão, sem dúvida nenhuma.

Também contei para os meus familiares paternos a verdade. Claro que omiti boa parte, apenas lhes contei a versão da Ailey, que ela estava investigando e no final a verdade veio à tona. A única pessoa, digo, a única irmã que demonstrou realmente a sua dor foi a tia Sônia. Os outros irmãos fingiram que ficaram sensitivos com a notícia só para me pedir dinheiro, me chantageando usando o nome do meu pai. Senti nojo deles, mas não surpreendida, vindo desses parasitas eu esperava tudo. Enfim, transmiti o comunicado e fui embora daquele lugar, inclusive fiquei sabendo através da tia Sônia que eles voltaram para a antiga casa deles, uma vez que não tinham como pagar o apartamento luxuoso. Como eles próprios costumam chamar: "aquele bueiro para pobres." Talvez agora eles comecem a trabalhar e dar valor à vida.

Voltando para a minha família, o que realmente interessava, após duas semanas exaustivas, marquei a viagem para a ilha grande. Expliquei-os que comprei uma casa aqui para sempre que eles quiserem passar as férias. Dona Janaína, deu o seu argumento, falando que isso era um absurdo, mas não liguei, porque eu tenho dinheiro suficiente para não precisar me preocupar com a quantidade que estava na conta bancária

Contra a sua vontade e muito sacrifício, consegui convencê-la a vir junto. Como a casa era grande, convidei também os três fofoqueiros, especificamente dois deles que não desgrudam mais do meu homem. Então na casa estava: eu, Laura, JP, Samuel, Tyler, Carlos, Mariana, minha mãe, Caio e Lola. Inclusive Lolinha era apaixonada pela minha mãe, essas duas se tornaram melhores amigas. O que tem sido um grande apoio emocional para Jana, ainda mais nessa fase difícil das nossas vidas.

Descendo as escadas da casa, enquanto escutava a gritaria vindo da cozinha. Era a voz da Mariana, minha mãe, Laura, Caio e até mesmo a Lola. Limpei o meu rosto amassado e caminhei até a cozinha, arrastando as havaianas sobre o chão. Ao chegar, parei no batente da porta e cruzei os braços sobre a camiseta de alça fina do meu pijama, observando a gritaria.

Lola estava sentada no colo da minha mãe, entretanto Jana e Laurinha tinham suas atenções no celular da minha melhor amiga, ambas cochichavam e discutiam algum assunto relacionado com o que viam na tela. Já Mariana e Caio brigavam pelo último pão de queijo.

Onde estavam o JP, Samuel, Carlos e o Tyler? Esses homens não paravam em casa.

— Bom dia, mana! — Caio foi o primeiro a notar a minha presença.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora