NYCOLY
PUERTO VALLARTA, MÉXICO📍
— Musa, deixa te perguntar um negócio. — Victor falou, enquanto dava um gole do seu café.
Estamos tomando o café da manhã aqui no hotel. Pensem num calor desagradável e insuportável, então está fazendo isso aqui na cidade. Pelo que escutei dos outros hóspedes está quase quarenta graus, mas a sensação térmica para mim é de cinquenta graus ou até mais. Estou me sentindo sufocada com esse calor, mesmo com cada espaço cheio de ar-condicionados ligados e instalados por cada canto.
Hoje o hotel está oferecendo uma visita turística pela cidade, e eu perguntei a Ailey se eu e o Victor podíamos ir. A Ailey disse que sim, ela não quer que estejamos presos até o grande dia, depois de amanhã, contudo vamos estar sendo vigiados de longe pela equipe para garantir a nossa segurança.
Não sei para onde vamos, mas pelo que estou vendo através do guia turístico que nos deram, parece que são vários lugares históricos, ou seja, é andar pra caralho debaixo desse sol todo. Mas quem sou eu para reclamar, pelo menos não vou passar tédio aqui.
— O quê? — Bebi um pouco de água da garrafa. Já é a segunda que comprei e ainda é de manhã.
— Esse Chase é solteiro? — Perguntou interessado e com um sorriso malicioso no rosto.
— Muito bem comprometido, gato. — Estraguei sua felicidade, observando o sorriso dele morrendo lentamente. — Quase fazendo dois anos de namoro.
— Aí cara, ele é uma delícia. — Disse entediado. — Mulher, que namorada sortuda, porque se fosse eu, nem guindaste me tirava de cima daquele homem gostoso. Falando nesse pedaço de mau caminho, cadê ele?
— Trocou de turno com seu colega.
São dois garotos que estão sempre conosco e às vezes eles intercalam os turnos. Ontem Chase me deixou aqui no hotel, passou a noite vigiando meu quarto e hoje de manhã trocou com seu colega.
Falando nele, cheguei a entregar a receita de chá de ervas quando chegamos aqui. Ele parecia estranho e desconfortável, não sei explicar, também não quis chateá-lo, já que não estava se sentindo bem, por isso deixei quieto. Espero que hoje esteja melhor com ajuda do chá.
— Nossa, queria tanto ver o rosto dele com aquela roupa de missão... — Suspirou com uma expressão pensativa.
— Pare de babar no namorado da minha melhor amiga, seu idiota. — Repreendi-o, e ele riu fraco. — E ele não joga pra esses lados.
— É uma pena... — Murmurou. — Poderia fazê-lo mudar de ideia.
— VICTOR! — Bati o punho na mesa, levemente, e ele gargalhava levantando os braços para cima, se rendendo. — Supera esse fogo que você sente por ele, Chase está muito bem acompanhado.
— Nossa, nem me deixa sonhar em paz. — Disse por fim, revirando os olhos. — Enfim, mudando de assunto, como você está se sentindo hoje?
— Consegui dormir essa noite, e acho que foi pelo fato de estar me sentindo segura pelo trabalho todo que a Ailey está fazendo.
Faz algumas semanas que não estou conseguindo dormir, o que já não é uma novidade. Tudo isso é desde que recebi a carta do Arthur no meu apartamento. Desde lá, tem sido difícil dormir, porque cada vez que tento e fecho os olhos, sinto a presença dele, é como se ele estivesse do meu lado.
Desperto assustada e fico acordada o resto da noite até amanhecer. O que me mantém acordada é o café, ou às vezes nem isso, porque não é o suficiente pra manter meu corpo em pé, o que resulta em várias quebras de tensão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Difícil de Amar
Ficção AdolescenteNycoly Guimarães, filha do falecido Paulo Guimarães, um dos nomes mais estimados no mundo das corridas. Com a morte do seu pai, Nycoly assumiu os negócios, tornando ele um dos mais bem vistos do mundo. A sua caminhada até o patamar atual foi bem dif...