CAPÍTULO 31

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NYCOLY

PUERTO VALLARTA, MÉXICO📍

— Musa, deixa te perguntar um negócio. — Victor falou, enquanto dava um gole do seu café.

Estamos tomando o café da manhã aqui no hotel. Pensem num calor desagradável e insuportável, então está fazendo isso aqui na cidade. Pelo que escutei dos outros hóspedes está quase quarenta graus, mas a sensação térmica para mim é de cinquenta graus ou até mais. Estou me sentindo sufocada com esse calor, mesmo com cada espaço cheio de ar-condicionados ligados e instalados por cada canto.

Hoje o hotel está oferecendo uma visita turística pela cidade, e eu perguntei a Ailey se eu e o Victor podíamos ir. A Ailey disse que sim, ela não quer que estejamos presos até o grande dia, depois de amanhã, contudo vamos estar sendo vigiados de longe pela equipe para garantir a nossa segurança.

Não sei para onde vamos, mas pelo que estou vendo através do guia turístico que nos deram, parece que são vários lugares históricos, ou seja, é andar pra caralho debaixo desse sol todo. Mas quem sou eu para reclamar, pelo menos não vou passar tédio aqui.

— O quê? — Bebi um pouco de água da garrafa. Já é a segunda que comprei e ainda é de manhã.

— Esse Chase é solteiro? — Perguntou interessado e com um sorriso malicioso no rosto.

— Muito bem comprometido, gato. — Estraguei sua felicidade, observando o sorriso dele morrendo lentamente. — Quase fazendo dois anos de namoro.

— Aí cara, ele é uma delícia. — Disse entediado. — Mulher, que namorada sortuda, porque se fosse eu, nem guindaste me tirava de cima daquele homem gostoso. Falando nesse pedaço de mau caminho, cadê ele?

— Trocou de turno com seu colega.

São dois garotos que estão sempre conosco e às vezes eles intercalam os turnos. Ontem Chase me deixou aqui no hotel, passou a noite vigiando meu quarto e hoje de manhã trocou com seu colega.

Falando nele, cheguei a entregar a receita de chá de ervas quando chegamos aqui. Ele parecia estranho e desconfortável, não sei explicar, também não quis chateá-lo, já que não estava se sentindo bem, por isso deixei quieto. Espero que hoje esteja melhor com ajuda do chá.

— Nossa, queria tanto ver o rosto dele com aquela roupa de missão... — Suspirou com uma expressão pensativa.

— Pare de babar no namorado da minha melhor amiga, seu idiota. — Repreendi-o, e ele riu fraco. — E ele não joga pra esses lados.

— É uma pena... — Murmurou. — Poderia fazê-lo mudar de ideia.

— VICTOR! — Bati o punho na mesa, levemente, e ele gargalhava levantando os braços para cima, se rendendo. — Supera esse fogo que você sente por ele, Chase está muito bem acompanhado.

— Nossa, nem me deixa sonhar em paz. — Disse por fim, revirando os olhos. — Enfim, mudando de assunto, como você está se sentindo hoje?

— Consegui dormir essa noite, e acho que foi pelo fato de estar me sentindo segura pelo trabalho todo que a Ailey está fazendo.

Faz algumas semanas que não estou conseguindo dormir, o que já não é uma novidade. Tudo isso é desde que recebi a carta do Arthur no meu apartamento. Desde lá, tem sido difícil dormir, porque cada vez que tento e fecho os olhos, sinto a presença dele, é como se ele estivesse do meu lado.

Desperto assustada e fico acordada o resto da noite até amanhecer. O que me mantém acordada é o café, ou às vezes nem isso, porque não é o suficiente pra manter meu corpo em pé, o que resulta em várias quebras de tensão.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora