CAPÍTULO 39

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Os próximos capítulos vão se passar no passado. Com o objetivo de mostrar para vocês o início de tudo e o quê que correu mal na história dos nossos dois protagonistas.

Apertem os cintos, porque a nossa primeira parada é três anos atrás onde o Tyler tinha dezesseis anos e Nycoly dezoito.

Boa leitura.

TYLER

TRÊS ANOS ATRÁS

Estou na casa do Chase jogando Playstation, como seus pais não estão, como sempre, igual aos meus, aproveitamos para ter a casa só para nós. Pelo que o japa me disse, eles estão no Japão. Dona Rose, a governanta que trabalha aqui, saiu também para resolver uns assuntos e avisou que dentro de algumas horas estaria de volta.

Hoje não fomos às aulas, é feriado, e Ryan nos convidou para almoçarmos na sua casa. Aceitamos, me arrumei de manhã antes de sair de casa e quando cheguei Chase também estava pronto para sair. Mas como era cedo, estamos passando tempo jogando e esperando o retorno da dona Rose.

— Nancy me mandou mensagem. — Ele disse, focado na tela de televisão.

— Para quê? Você ainda não largou essa garota, Meu Deus. — Matei o Zumbi que estava na frente do meu personagem do jogo.

— Não larguei porque partilhamos as mesmas intenções. Na mensagem ela estava perguntando se eu poderia ir à casa dela.

— E você?

— Disse que não, tenho corrida hoje, esqueceu que você vai comigo? — Me relembrou e eu abri a boca em formato de "o" lembrando. Tinha esquecido completamente.

— É mesmo, vamos depois de sairmos da casa do Ryan? — Ele assentiu com a cabeça.

Chase, com seus dezoito anos, é um dos melhores corredores de moto. Ele faz parte de uma equipe de motos, colaborando com uma grande empresa de corridas. Não conheço muito, apenas fiquei sabendo que uma mulher, que também tem dezoito anos, assumiu o cargo e agora é a chefe de tudo. Me lembro que antes era um homem, quando costumava ir com ele e seu avô.

— Você comentou uma vez que uma amiga sua é a nova chefe. É a filha do antigo dono? — Perguntei e Chase murmurou um "Uhum" focado no jogo.

— Essa mesmo.

Escutamos o destranque da fechadura, seguida pelo barulho da chave. A porta abriu-se e suponho que a dona Rose voltou. Passos se aproximaram. Pausamos o jogo e giramos nossas atenções para a porta e lá, encontramos Rose com quatro sacolas de mercado.

Sem fôlego e respirando desreguladamente, deixou as sacolas de plástico no chão. Relaxou a mão no batente da porta e respirou fundo, tentando controlar sua respiração. Dona Rose é baixa, chuto uns cinquenta e mais alguma coisa. Já não tem aquela resistência de um adulto ou adolescente, por isso, é compreensível estar nessa maneira.

— Que isso Dona Rose, podia ter ligado e eu ia me encontrar com a senhora. — Chase se levantou, avançando para perto dela. Segurou as quatro sacolas como se elas fossem leves, igual uma pena e caminhou em direção a cozinha.

— Não queria incomodar, você está acompanhado pelo seu amigo. — Ela o seguiu.

— Eu iria com ele, Rose, não tem problema. — Fui atrás, passando pelo corredor.

Parei do lado do batente da porta e nela me encostei, observando Chase ajudando a Rose a arrumar as comidas do mercado.

— Está tudo bem, já cheguei. — Ela disse com um sorriso. — Vai almoçar em casa Sr. Mori?

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora