Difícil de Amar

CAPÍTULO 71

CHICAGO, EUA📍

TYLER

Acabaram as minhas férias, estava de volta para casa.

Foi doloroso me despedir da minha futura esposa no aeroporto, porque Nycoly tinha que ficar mais um pouco devido aos preparativos da próxima corrida. Como isso era algo que ela não precisava de estar nos Estados Unidos, ela decidiu permanecer no Brasil trabalhando e dando suporte para a sua família.

Sua família inclusive fez uma festa para a gente, para celebrar o nosso futuro casamento. No dia seguinte ao pedido, quando voltamos para casa, Nycoly ficou exibindo sua aliança para todos. Quando voltamos para sampa, a minha sogra, oficialmente, preparou um churrasco como comemoração — foi gente pra caralho, eram muito mais que a minha família. Sentirei saudades deles, principalmente do meu mini companheiro, Caio. Na nossa despedida no aeroporto ele até chorou, chorou demais, parece que tinha esquecido que eu agora fazia parte da família e que o nosso adeus seria temporário.

Agora era a minha vez de contar para a minha família que irei casar. Era bem provável que ninguém acreditasse, pois parecia loucura saltar o pedido de namoro e passar logo para o pedido de casamento, mas como se tratava de mim e da Nycoly, a gente fazia nossas próprias regras.

Estava aproveitando que hoje seria mais um desses almoços de família para anunciar a grande novidade, tanto que convidei a Erika e o Ryan para estarem presentes. Também avisei os meus pais, mas não sei se eles estarão lá, como sempre vivem viajando. Pouco me importava, desde que a tia Sophia fique feliz, eu já fico contente também.

Antes de vir para Chicago, passei pelo meu apartamento em Nova Iorque para avisar ao treinador que já estava de volta a casa. Ele disse que cheguei no momento perfeito, porque amanhã teremos um jogo e a equipe precisava do seu capitão. Também comuniquei a Nycoly que o voo foi tranquilo e mandei uma foto do meu apartamento para o Samuel, que estava curioso para saber como era — ele falou que queria saber se era igual às séries e filmes.

Entretanto, trouxe a minha filha comigo para esse almoço. Lola precisava passear um pouco, pois estava meio murchinha por ser afastada da sua mãe. Lolinha até chorou durante o voo, só se acalmou quando pousamos na cidade e quando chegamos em casa, e eu liguei para a Nycoly para elas conversarem.

Mimei demais essa folgada.

Como tinha dito, minhas férias acabaram e falar para vocês que o Brasil me fez muito bem, superou completamente as minhas expectativas. Voltei renovado, mais vivo, feliz, bronzeado e noivo.

EU VOU CASAR!

Paguei o Uber, saindo do veículo acompanhado pela Lola, que não parava quieta um minuto. Caminhei pela calçada até o grande portão da casa do pai da Lua e ao chegar em frente, apertei a campainha e esperei que a câmera de vigilância me examinasse. Quando a luz ficou verde, as portas de ferro começaram a abrir, me permitindo enxergar a entrada da casa e escutar as vozes familiares da minha família vindo da parte de trás do quintal.

— Vamos, filha. — Me abaixei para soltá-la da coleira e Lola saiu correndo igual uma louca.

Observei-a indo na direção das vozes, enquanto a seguia por trás tirando o meu celular do bolso. A tela era uma foto que eu e a Nycoly tiramos no dia que ficamos noivos, era uma selfie mostrando o seu lindo anel.

Caralho, nem acredito que vou casar.

Casar.

Já falei para vocês que vou casar, né? Então, eu vou casar com a minha gostosa.