TYLER
— ¡Hola Chica! — Apareci na porta do quarto da Lua, relaxando meu corpo contra ela.
Estou na casa do tio Chris para mais um almoço de família que está acontecendo. A família está toda na área gourmet, Vinnie e Dylan estão assando as carnes, algumas crianças brincando pelo quintal, gente correndo de um lado para o outro, minhas tias fofocando com a vovó Malu e a tia Sosô e meus tios jogando sinuca, inclusive o tio Chris.
Cansei de brincar com as crianças e subi para saber o que a Lua estava fazendo. Agora, encostado na porta dela, encontro-a arrumando seu closet com seu cabelo cacheado molhado e cheiroso, acabado de sair do banho.
— Alana está te influenciando. — Brincou, dobrando seus tops. — Como ela está?
Lua vestia um moletom cinzento três vezes maior que seu tamanho e como ela estava de costas para mim, consigo ler o pedaço da letra Devilish de Chase Atlantic escrito atrás. Provavelmente é do Chase. Em baixo está usando uma calça de pijama.
— Bem, foi para Santa Mônica visitar seus parentes. — Respondi, dando passos para a frente, entrando no quarto.
Atualizações sobre mim e a Alana: estamos bem, continuamos o mesmo. Nossas ficadas começaram a ficar mais quentes, para o lado do desejo sexual. A gente está transando quase todos os dias, de noite, quando termino a minha rotina. Estou percebendo que aquilo que sinto por ela é uma atração carnal, apenas tesão... mas isso me deixa confuso porque eu também gosto pra caralho da companhia dela. A gente não transa sempre que nos vemos, ainda existe uma amizade, sem contar a ótima ajuda que ela me traz em relação ao meu problema. Por isso... não sei.
Ela não sabe os pormenores, mas expliquei-lhe que tenho TEI e como é todo o processo, desde então ela se dedicou pra caralho, mais do que já ajudava antes e aconselha sempre que é melhor eu voltar para terapia e tomar a medicação em vez de fumar que nem um condenado.
Até no outro dia Alana foi assistir um treino meu e levou cupcakes para a equipe toda. Os mortos de fome ficaram felizes e ainda pediram para ela voltar mais vezes. Também percebi que Jordan abria sempre um sorriso discreto cada vez que Alana conversava comigo com os olhos brilhando.
Não sei se estou confundindo as coisas ou se é ela. Não sei se isso que a gente tem é uma péssima ideia ou se está contribuindo para alguma coisa nas nossas vidas. Não sei se deveria sentir mais. Não sei se estou fazendo ela criar expectativas pelo meu jeito de ser...
Só sei que... talvez seja melhor mesmo ir para Santa Mônica algum dia visitar minha terapeuta, porque sinto que as coisas não estão correndo bem pro meu lado nessa época da minha vida. Está tudo de cabeça pra baixo, igual aquela época que o jogo importante em Santa Mônica se aproximava.
Que porra, estou voltando pro fundo do poço de novo.
— Ela faz bem. — Lulu respondeu com sua voz calma, guardando seus tops no armário.
— E o Chase não veio dessa vez por quê? — Desde ontem estranhei bastante que ele não veio ao almoço de família. Sei que ele e a Lua não nasceram grudados, mas estou curioso para saber o motivo.
— Chase está no Japão. — Disse simples, começando a dobrar seus jeans.
— JAPÃO? — Gritei intrigado. — Como assim? Não tô sabendo de nada.
Parando para pensar faz três dias que não converso com ele por causa das nossas rotinas apertadas, nós dois andamos sem tempo. Ele está lotado de reuniões e eu de treinos, e agora do nada fico sabendo que ele está na outra ponta do planeta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Difícil de Amar
Roman pour AdolescentsNycoly Guimarães, filha do falecido Paulo Guimarães, um dos nomes mais estimados no mundo das corridas. Com a morte do seu pai, Nycoly assumiu os negócios, tornando ele um dos mais bem vistos do mundo. A sua caminhada até o patamar atual foi bem dif...