TYLER
Entrei na cafeteria do hotel e ele estava cheio com a equipe da Ailey comendo o café da manhã. Hoje é o nosso último dia em Puerto Vallarta, nossa viagem está marcada para o final do dia. Diferente de como viemos parar aqui, agora vamos voltar de jato particular.
Gostaria de ter visitado Puerto Vallarta de outra forma, a cidade é bonita pra cacete, daria uma boa exploração, contudo devido a assuntos confidenciais não foi possível. Talvez quem sabe para a próxima, vou escrever mentalmente na minha lista de cidades que quero conhecer num futuro próximo.
No fundo da sala estava lá eles, Chase e Ryan tomando o café da manhã. Os dois entretidos batendo um papo furado. Cumprimentei as pessoas que estavam à minha frente e segui passos até a mesa deles. Ambos vestidos com camisas polo de tecido refinado. Ryan com óculos de sol em cima da cabeça e Chase com seu relógio caro e prateado no pulso.
— E aí. — Puxei uma cadeira e me sentei no meio deles.
Os dois cruzaram os olhos com os meus. Pervertidamente um sorriso se espalhou no rosto de ambos. Ryan subia e descia as sobrancelhas, parecendo um velho tarado e Chase puxava seu sorriso de canto, fechando os olhinhos.
— Ryan, ontem parecia que estava tendo um terremoto neste hotel, lorde... — Chase desviou sua atenção para o ex crente.
— Sim, pensei que ele iria desmoronar e eu ia morrer. — Respondeu, chocado com a total catástrofe. Os dois estavam tirando uma com a minha cara, otários. — Você escutou, Tyler? — As atenções voltaram para mim.
— Claro que não, Ryan, ele estava muito ocupado, né Tyler? — Deu ênfase, cutucando seu cotovelo no meu braço. — Nos conte, como foi a sua noite?
— Vocês são farinha do mesmo saco, dois filhos da mãe que não têm mais nada para fazer. — Estendi o braço pegando a cafeteira e enchi a minha xícara com café.
— Ela está viva? — Chase meteu mais lenha. — Ah, e de nada. — Se referiu a maldita reserva que fez.
— Esperemos que sim. — Ryan foi na onda dele.
— Podem parar? Sim, caralho, a gente transou. — Disparei frustrado.
— Dormiram juntos? — Perguntou Ryan. — De conchinha?
— Não, eu fui embora. — Peguei pão francês e cortei em duas partes.
— Por quê? Pensei que aquilo foi sexo de reconciliação. — Disse Chase.
— Fiquei fervendo de ódio quando lhe perguntei se era só eu que sentia a merda que nós tínhamos e ela me respondeu que agora não era o momento certo para conversarmos, e isso me despertou o gatilho que ela continua a mesma, fugindo dos seus problemas. Sempre evitando tudo.
Não sei o onde estava com a cabeça para aceitar, provavelmente a minha cabeça de baixo pensou primeiro. Fiquei louco quando ela admitiu que sentia a minha falta, porque eu também sentia.
Fizemos sexo igual dois cachorros no cio. Da outra vez, no dia do sofá, foi o mesmo, só que há uma diferença. Naquele dia estávamos os dois bêbados e com tesão acumulado, mas neste, neste estávamos ambos plenamente conscientes do que estava acontecendo.
Este foi agressivo e intenso pra caralho. Transei com raiva e descarreguei tudo nela. Estava frustrado com a missão e como me descontrolei batendo na porra do ex dela, deixando o meu TEI alastrar. Entretanto, lanço foguetes por ele já estar morto, no inferno. Estava puto pelos machucados que vi no corpo da Nycoly quando a encontrei, frágil e com olhar perdido. Culpei-me internamente por não chegar mais cedo e fiquei mais pilhado quando ela me disse aquilo, só me comprovando que ela não mudou.
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Difícil de Amar
Ficção AdolescenteNycoly Guimarães, filha do falecido Paulo Guimarães, um dos nomes mais estimados no mundo das corridas. Com a morte do seu pai, Nycoly assumiu os negócios, tornando ele um dos mais bem vistos do mundo. A sua caminhada até o patamar atual foi bem dif...