CAPÍTULO 10

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ALANA FERNANDEZ 

Tyler estava encostado à parede com as mãos na sua jaqueta, enquanto esperávamos a nossa vez de entrar. Vestido com uma camisa branca, calça preta e nos pés um simples par de tênis branco.

Tyler é muito lindo, na minha opinião. Ele não é aquele padrão americano loiro, pálido e de olho azul. Ele é alto, musculoso, ombros largos, cabelo cacheado castanho, olhos verdes. — O que mais chama a atenção no rosto. — e parece que tem mais que uma tatuagem. Não posso esquecer da sua altura, ele é alto, chuto mais que um metro e oitenta e cinco ou talvez tem um metro e noventa. Já eu tenho um metro e setenta e cinco, do seu lado sinto que tenho menos que um e cinquenta. É surreal a altura.

— O que foi? — Ele me chamou, percebendo que eu o estudava.

— Nada... — Murmurei ficando sem jeito por ser pega.

— Aham, sei. — Murmurou desconfiado.

Ele ficou me encarando com os braços cruzados com um sorriso divertido em seus lábios. O olhar dele é marcante, me intimida um pouco e com apenas esse olhar dele minhas bochechas esquentam. Cortei de imediato nossas trocas de olhares, me sentindo constrangida.

— Você fica rosada com muita facilidade. — Provocou.

— Tá tirando proveito disso? — Foi a minha vez de cruzar os braços, copiando sua posição.

— Longe de mim, Laninha. — Riu nasalmente, chutando a pedrinha que estava à sua frente.

— Sei, Tyler Walker. — Semicerrei os olhos, analisando a sua postura tranquila.

Ele acabou por rir fraco e levantou os braços em sinal de rendição, olhando para mim sorrindo. Um sorriso lindo, branco e alinhado. Esse homem é um pedaço de mau caminho.

— MEU DEUS, MÃE, É O TYLER WALKER DOS KNICKS! — Alguém gritou.

Girei o meu corpo para trás, confusa, procurando quem disse isso e Tyler fez o mesmo, se afastando da parede e descruzando os seus braços. Lá estava um garoto um pouco atrás da gente com a sua família e irmãos, apontando com o dedo para aqui. Seus olhos brilhavam de surpresa, espanto e admiração. Não deve ter mais que doze.

— Filho, calma... — A mãe disse, tentando controlar a empolgação do filho. — Vai lá e pergunta com educação se ele pode tirar uma foto com você.

O garoto assentiu sorrindo e com muita vergonha e devagar começou chegar perto da gente. Ele estava muito nervoso, tadinho, em suas mãos ele tinha um papel branco e uma caneta. Esse mesmo papel está em branco, provavelmente vai pedir um autógrafo. Atrás com o garoto, vinha o seu pai também, que vai fotografar o momento.

Estou achando tudo isso muito fofo, nunca tinha presenciado um momento assim. Normalmente somos sempre os fãs que encontramos alguém que gostamos muito ou admiramos, mas nunca fui aquela que é amiga da celebridade e assiste tudo isso como um espectador.

— É... o-oii... — Ele parou na frente do Tyler, tremendo.

Tyler mesmo a frente dele, olhando com um sorriso de orelha a orelha. Decidiu se abaixar um pouco para ficar na mesma altura que o menino. É lindo conhecer os nossos ídolos, é um momento tão lindo que fica para sempre nas nossas memórias.

— Eai, meu garoto, tudo bem? — Tyler disse tranquilamente, segurando as mãos do garoto que não paravam de tremer.

— E-e-eu so-u mu-u-ito seu fã... — Respondeu gaguejando e com a voz rouca. Ele estava se contendo para não chorar. — N-u-n-ca per... — Fez uma pausa, tentando manter a calma.

Difícil de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora