Acordei sentindo um pequeno desconforto em meu braço esquerdo, levei minha mão direita até o local, na tentativa de tirar o inseto que estava me picando, foi quando eu percebi que não era um inseto. Abri os olhos e vi que havia um scalp em minha veia, ligado a uma bolsa de soro, eu estava em um quarto de hospital.
Forcei minha mente tentando me lembrar do que havia acontecido, mas a única coisa que consegui me lembrar foi de Eret em meu apartamento dizendo que me amava e antes que eu pudesse me lembrar de algo mais, a porta do quarto foi aberta e Lucinda entrou.
– Você acordou! – ela sorriu para mim e andou até a cama. – Como você está?
– Confusa, o que aconteceu?
– Você desmaiou, não se lembra? – perguntou enquanto via meus sinais vitais no monitor.
– Eu lembro de ficar tonta e tudo escurecer – levei a mão até minha cabeça, que doía cada vez mais.
– Você perdeu a consciência por quase três horas.
– O que? – a olhei assustada – Mas eu estou bem?
– Sim, fizemos alguns exames e aparentemente foi só exaustão, o que é estranho, já que você está de licença – ela franziu o cenho confusa.
– O importante é que estou bem, isso significa que já posso ir embora – tentei tirar o scalp, mas Lucinda me impediu.
– Você melhor que ninguém sabe que um paciente só sai do hospital após receber alta do médico.
– Sim, mas eu não sou um paciente – disse óbvia.
– É sim, você deu entrada e tudo mais, sem contar que fizemos exames e está internada em um dos nossos quartos, então você é sim uma paciente.
– Está bem – bufei frustrada – então, será que dá para chamar o médico logo para ele me dar alta?
– Claro, vou chamá-lo – ela sorriu e saiu do quarto.
Alguns minutos depois, a porta foi aberta novamente e Eret entrou no quarto, assim que seu olhar cruzou o meu, ele respirou aliviado.
– Você está bem? – ele caminhou até mim e colocou a mão em minha testa, em seguida pegou o meu pulso verificando minha pulsação.
– Eu estou bem – apontei para o monitor – meus sinais vitais estão ótimos.
– Eu fiquei preocupado – ele suspirou.
– Foi mal, não queria assustar ninguém – sorri sem graça.
– O que aconteceu, Asty? Estávamos conversando e do nada você caiu desmaiada.
– A Lucinda me disse que foi exaustão – dei de ombros.
– O que você fez nesses últimos dias que te deixou tão exausta a ponto de desmaiar? – ele me encarou.
– Artes marciais – falei a primeira coisa que veio à minha mente – decidi aprender.
– Está lutando?
– Na verdade ainda estou na fase de apanhar, mas estou treinando duro, acho que foi isso.
– Tem que pegar leve – disse em tom de repreensão.
– Eu sei, será que agora dá para me dar alta?
– Não antes de eu verificar se você está bem.
– Mas eu estou, foi um desmaio por exaustão, eu só preciso ir com mais calma, na verdade, você nem precisava me trazer ao hospital.
– Eu não teria trago se você tivesse recuperado a consciência logo, mas eu fiz todos os procedimentos e você não voltava – disse desesperado – ainda bem que eu estava lá, e se você estivesse sozinha?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Antes que você se vá...
FanfictionAstrid nunca se considerou uma pessoa romântica, nunca sonhou em viver um conto de fadas ou encontrar o príncipe encantado. Ela sempre se recusou a se apaixonar, para ela o amor só existe em livros, na ficção, nunca poderia ser real, mas será que el...