Capítulo 29 - Eu queria ser o primeiro

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Acordei sentindo um pequeno desconforto em meu braço esquerdo, levei minha mão direita até o local, na tentativa de tirar o inseto que estava me picando, foi quando eu percebi que não era um inseto. Abri os olhos e vi que havia um scalp em minha veia, ligado a uma bolsa de soro, eu estava em um quarto de hospital.

Forcei minha mente tentando me lembrar do que havia acontecido, mas a única coisa que consegui me lembrar foi de Eret em meu apartamento dizendo que me amava e antes que eu pudesse me lembrar de algo mais, a porta do quarto foi aberta e Lucinda entrou.

– Você acordou! – ela sorriu para mim e andou até a cama. – Como você está?

– Confusa, o que aconteceu?

– Você desmaiou, não se lembra? – perguntou enquanto via meus sinais vitais no monitor.

– Eu lembro de ficar tonta e tudo escurecer – levei a mão até minha cabeça, que doía cada vez mais.

– Você perdeu a consciência por quase três horas.

– O que? – a olhei assustada – Mas eu estou bem?

– Sim, fizemos alguns exames e aparentemente foi só exaustão, o que é estranho, já que você está de licença – ela franziu o cenho confusa.

– O importante é que estou bem, isso significa que já posso ir embora – tentei tirar o scalp, mas Lucinda me impediu.

– Você melhor que ninguém sabe que um paciente só sai do hospital após receber alta do médico.

– Sim, mas eu não sou um paciente – disse óbvia.

– É sim, você deu entrada e tudo mais, sem contar que fizemos exames e está internada em um dos nossos quartos, então você é sim uma paciente.

– Está bem – bufei frustrada – então, será que dá para chamar o médico logo para ele me dar alta?

– Claro, vou chamá-lo – ela sorriu e saiu do quarto.

Alguns minutos depois, a porta foi aberta novamente e Eret entrou no quarto, assim que seu olhar cruzou o meu, ele respirou aliviado.

– Você está bem? – ele caminhou até mim e colocou a mão em minha testa, em seguida pegou o meu pulso verificando minha pulsação.

– Eu estou bem – apontei para o monitor – meus sinais vitais estão ótimos.

– Eu fiquei preocupado – ele suspirou.

– Foi mal, não queria assustar ninguém – sorri sem graça.

– O que aconteceu, Asty? Estávamos conversando e do nada você caiu desmaiada.

– A Lucinda me disse que foi exaustão – dei de ombros.

– O que você fez nesses últimos dias que te deixou tão exausta a ponto de desmaiar? – ele me encarou.

– Artes marciais – falei a primeira coisa que veio à minha mente – decidi aprender.

– Está lutando?

– Na verdade ainda estou na fase de apanhar, mas estou treinando duro, acho que foi isso.

– Tem que pegar leve – disse em tom de repreensão.

– Eu sei, será que agora dá para me dar alta?

– Não antes de eu verificar se você está bem.

– Mas eu estou, foi um desmaio por exaustão, eu só preciso ir com mais calma, na verdade, você nem precisava me trazer ao hospital.

– Eu não teria trago se você tivesse recuperado a consciência logo, mas eu fiz todos os procedimentos e você não voltava – disse desesperado – ainda bem que eu estava lá, e se você estivesse sozinha?

Antes que você se vá...Onde histórias criam vida. Descubra agora