Capítulo 60 - Sem fala

45 6 21
                                    

Hello amores e a amoras! Eu disse que voltava no final do mês e aqui estou eu. Viram, eu cumpro o que eu digo.

*****************************************************************************************************************************************************************************


Com certeza eu era a pessoa mais azarada do mundo. Essa era a única explicação para as coisas que aconteciam comigo.

De todos os momentos, eu tinha que ter sido puxada para o livro bem naquele? Quando eu devia estar no hospital me recuperando? Com certeza era muito azar para uma pessoa só.

– A-a-a s-s-se-se.. – Agatha tentava falar algo, mas acho que ela estava tão surpresa que não conseguia formular as palavras direito.

Agatha se mantinha parada, ela estava pálida, seus olhos estavam arregalados e suas mãos tremiam. Tentei fazer alguma coisa para acalmá-la, mas não consegui, já que além de não poder falar, eu mal conseguia me mover, acho que o fato de eu estar ainda fraca por causa do veneno, fez os efeitos da viagem ao livro me fazerem ainda mais mal do que já faziam.

– S-se-senhor Ha-hadock, senhor Haddock – Agatha gritou e saiu correndo do quarto.

Eu fiz a única coisa que eu poderia fazer, continuei parada.

Após algum tempo, ouvi passos apressados se aproximando, pensei que era o Soluço, mas não, quem entrou no quarto junto com a Agatha, foram Péricles e Max.

– Senhorita Hofferson? – Péricles arregalou os olhos ao me ver.

Abri um leve sorriso.

– M-mas, c-como? – Max me encarava confuso.

– Os senhores estão vendo o que eu estou vendo? – Agatha perguntou, ela continuava pálida.

– Se você se refere a senhorita Hofferson com um monte de coisas estranhas, então sim. – Péricles intercalou o olhar em mim e no smart check.

– O que é tudo isso? – Max perguntou boquiaberto.

– Agatha, quem trouxe a senhorita Hofferson? – Péricles questionou.

– Eu não sei, senhor Ingherman. Eu vim limpar o quarto do senhor Haddock e quando eu entrei, a senhorita Hofferson já estava aqui.

– Senhorita Hofferson, a senhorita está bem? – Péricles deu um passo em direção a cama.

– Óbvio que não, Péricles, como a senhorita Hofferson poderia estar bem, com essas coisas estranhas.

– Os senhores acham que deveríamos tirar essas coisas dela? – Agatha perguntou.

– E se ao tirarmos, machucarmos mais ela? – Péricles perguntou melindroso.

– Mas não percebe que essas coisas já a estão machucando? – Max perguntou óbvio. – Eu vou tirar.

Ele andou até a cama. Eu ergui a mão em um sinal de pare e em seguida sinalizei que não.

– Acho que ela está tentando nos dizer algo. – Péricles disse pensativo.

Acha? Sério? Não está óbvio?

– Mas por que ela simplesmente não nos diz? – Max perguntou confuso.

Porque eu não consigo, né, idiota.

– Deve ser essa coisa no pescoço dela. – Péricles apontou para a cânula.

Eu fiz um joinha sinalizando que ele tinha acertado.

– Se é isso, vamos tirar.

Balancei a cabeça negativamente, quando Max se aproximou mais de mim.

Antes que você se vá...Onde histórias criam vida. Descubra agora