Acordei sentindo um leve carinho em meu cabelo. Involuntariamente um sorriso surgiu em meu rosto e me aconcheguei mais no corpo ao meu lado.
– Bom dia, meu amor! – Soluço falou e em seguida depositou um beijo em minha cabeça.
– Bom dia! – Falei, ainda de olhos fechados. – Sabe, eu gosto muito disso.
– Disso o quê?
– De acordar com você ao meu lado, de você me abraçando e me tocando, de você me chamando de meu amor.
– Eu também gosto disso. – Ele se virou, se colocando por cima de mim. – Gosto de te ver acordar ao meu lado. – Ele deu um beijo na minha testa. – Gosto de te abraçar e te tocar. – Ele deu um beijo no meu queixo ao mesmo tempo em que descia as mãos para a minha cintura. – Eu eu também gosto muito de te chamar de meu amor. Meu amor!
Ele levou os seus lábios aos meus em um beijo calmo e apaixonado.
– Ah, eu também gosto muito quando você me beija, muito mesmo. – Sorri.
– Saiba que eu também gosto muito de te beijar, muito mesmo. – Ele também sorriu e voltou a me beijar, dessa vez com um beijo mais intenso. Um beijo que levou a outro, e a outro, e a outro, e a vários outros e a várias outras coisas também.
Quando eu e o Soluço saímos do quarto, já estávamos na metade da manhã. Tomamos um demorado café da manhã e depois fui ver minha paciente que estava no jardim com Theodora.
Já tinha um pouco mais de um mês que estávamos na casa do Ryker, a Heather já estava bem melhor. Nesse intervalo de tempo, havia tido apenas um capítulo, ou seja, eu só tinha ido ao meu mundo, mais uma vez, o que foi ótimo, já que consegui pegar mais bolsas de soro e mais remédios para a Heather, e é claro, o meu colar com as iniciais do Soluço. Agora que estávamos bem, eu podia voltar a usá-lo.
Max, Péricles, Theodoro e o doutor Thompson tinham voltado para Berk há algumas semanas. O Viggo tinha ido até Berk, apenas para visitar o irmão na prisão algumas vezes, mas tinha ficado a maior parte do tempo na casa do Ryker, ele estava cuidando das coisas e resolvendo a volta dos parentes dos criados, eles chegariam até o final do mês.
O Dagur tinha se recusado a voltar, ele não quis deixar a Heather sozinha em uma casa com o noivo, mesmo que ela não estivesse sozinha, já que Theodora ficava com ela a maior parte do tempo, a ajudando em tudo o que ela precisava.
Eu também estava empenhada em apressar a recuperação da Heather o mais rápido possível, queria ver a minha amiga/irmã recuperada logo. Eu tinha dito para o Soluço que ele poderia voltar para Berk, afinal, ele tinha uma fazenda para cuidar, mas ele se recusou a ir para qualquer lugar em que eu não estivesse, palavras dele. É claro que eu não achei isso nem um pouco ruim.
– Astrid, decidiu se juntar a nós? – Theodora falou quando me aproximei dela e da Heather.
As duas estavam sentadas em um banco no jardim.
– Pensei que não sairias mais do quarto. – Heather me encarou.
– Eu e o Soluço perdemos a noção do tempo. – Abri um sorriso sem graça e me sentei ao lado da Heather.
– Astrid, eu já te disse, não podes..
– Dormir no mesmo quarto em que o meu noivo, eu sei. – A interrompi. – Mas Heather, o Soluço nem é meu noivo e se o problema é dormir, não se preocupe, fazemos mais do que apenas dormir.
– Astrid. – Ela arregalou os olhos. – Eu não sei mais o que eu faço com você.
– Pode começar parando de me julgar, quando você experimentar, você vai entender porque eu e o Soluço ficamos tanto no quarto.
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Antes que você se vá...
FanfictionAstrid nunca se considerou uma pessoa romântica, nunca sonhou em viver um conto de fadas ou encontrar o príncipe encantado. Ela sempre se recusou a se apaixonar, para ela o amor só existe em livros, na ficção, nunca poderia ser real, mas será que el...