Capítulo 31 - Era o único jeito

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Você já esteve em uma situação na qual você tinha certeza de que se daria muito mal e sabia que nada e ninguém poderia impedir isso? Era a situação em que eu estava, presa em uma sala sozinha com um assassino que sabia que eu não tinha prova nenhuma contra ele, ou seja, ele poderia fazer o que quisesse comigo.

Eu tinha certeza de que o Viggo iria fazer algo contra mim, eu só esperava que o capítulo acabasse naquele momento para eu poder sair dali, mas aparentemente o universo tinha outros planos.

– A senhorita está bem? Está pálida – ele me observou.

– Estou ótima – forcei um sorriso tentando disfarçar o desespero que tomava conta de mim ao perceber que não havia sinal nenhum de que o capítulo estava acabando.

– A senhorita não parece bem – Viggo deu um passo em minha direção.

– Não chega perto de mim – recuei alguns passos até encostar minhas costas em um armário.

– Calma, senhorita, não precisa temer.

– Como não? Olha aqui Viggo, me matar não é a escolha mais inteligente a se fazer.

– Matar? A senhorita acredita que eu vou te matar? – ele me olhou cético.

– Bem, o único motivo que fez você não fazer nada comigo foi o fato de você achar que eu tinha provas que seriam entregues à polícia, agora que sabe que não tenho, é óbvio que irá se livrar de mim.

– Senhorita, não pretendo lhe fazer nada, desta forma me ofende, eu já disse que não sou um assassino.

– E eu já disse que não acredito em você – o encarei – se não pretende me fazer nada, por que fechou a porta?

– Lamento que esta minha ação tenha lhe deixado assustada, neste corredor passam muitos serviçais, não quero correr o risco de alguém nos flagrar, não pegará bem, além do que, não quero que alguém nos escute. Fechei a porta para termos privacidade, apenas isso – ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

– Então não vai tentar me matar? – o olhei cética.

– Obviamente que não – ele disse firme.

– E o que quer de mim?

– A verdade, a senhorita não possui prova alguma contra mim, correto?

– Se eu falar que não, você vai me matar?

– Já lhe disse, senhorita, não lhe farei mal.

– Então para que quer saber? – perguntei na defensiva.

– Porque eu fiz suas vontades acreditando que tinha algo que poderia me comprometer, mas se a senhorita não possui nada, acredito que está na hora de desfazermos nosso contrato.

– Você quer desfazer o noivado? – gritei surpresa – Ficou louco?

– Senhorita, daqui algum tempo as pessoas irão perceber que sua barriga não cresceu, além do que, as pessoas vão nos pressionar para fazermos o casamento logo, seria melhor já desfazermos o noivado, agora.

– Você quer romper comigo no dia do nosso noivado? Que tipo de pessoa faz isso? – perguntei indignada.

– Sei que a senhorita não tem sentimentos por mim e obviamente eu não tenho sentimentos pela senhorita, se desfazermos esse noivado enquanto é tempo, poderei dar prosseguimento em meus planos iniciais.

– E que planos seriam esses?

– Me casar com a senhorita Skrill.

– Nem pensar, já falei que você não vai se aproximar dela.

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