Capítulo 15.1

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Pov' Macau

— Bom dia — falei tentando não mostrar nenhuma preocupação

— Bom dia — Tay me respondeu com a voz rouca — Onde eu estou?

— No meu quarto.

Percebi que os olhos de Tay se arregalaram, e ele tentou se levantar mas eu o fiz se deitar novamente.

— Você não pode se mexer, esta com duas costelas quebradas. Type veio aqui e te examinou, você vai ter que ir fazer um raio X no hospital, mas, primeiro você precisa comer.

— O que eu estou fazendo aqui? — ele perguntou com um pouco de medo.

Eu não sabia como contar, então fiquei quieto e sai para buscar comida. Tay se recusou a comer, mas eu usei meu charme para convence-lo e fiz com que ele aceitasse algumas colheres da sopa que Pete havia preparado. Por mais que o mesmo ainda estivesse chateado, ele entendeu os motivos e decidiu perdoar, diferente do meu irmão, que nem se dava o trabalho de perguntar como Tay estava. Depois que ele comeu nós seguimos para o hospital e ele saiu de lá com as costelas enfaixadas.

— Se ele se mover pode ser arriscado perfurar algum órgão, então, mantenha-o o mais quieto possível — Type ordenou antes que saíssemos do estacionamento do hospital.

— Hum. Eu vou cuidar dele pessoalmente. Obrigado pela ajuda.

Entrei no carro e dirigi por alguns minutos antes de Tay me perguntar porque eu estava fazendo aquilo.

— Kinn ficaria irritado comigo se eu não fizesse — menti, sem saber a resposta para a pergunta dele.

— Pode me deixar aqui — ele falou tentando abrir a porta do carro — eu vou ligar para meus pais me buscarem.

— Os mesmos que te odeiam por você ser quem você é?

Tay ficou em silencio e eu vi que tinha tocado em uma ferida ainda aberta.

— Não estou... — comecei a falar para me desculpar mas ele me interrompeu.

— Não! Não se desculpe, pois é totalmente verdade. No entanto, você não precisa cuidar de mim.

Decidi não responder e continuei dirigindo ate em casa, logo Tay descobriria o quanto eu posso ser teimoso quando coloco algo na cabeça.

...

Os dias se passaram depressa, mas eu sentia que eles estavam durando uma eternidade. Cada dia que passava ficava mais difícil de responder a maldita pergunta que assombrava minha mente:

— Por que estou ajudando ele?

Além da pergunta, outras coisas estavam me deixando louco... Eu estava ajudando Tay a remover as roupas para que o mesmo pudesse tomar banho, quando de repente reparei na cintura fina e nos mamilos rosados dele. Não é que eu não tenha reparado antes, mas agora que a faixa havia sido removida eu comecei a reparar nos detalhes daquela região. Engoli a saliva que se formou em minha boca e escondi no fundo de algum lugar o desejo de marca-lo bem ali.

Nós seguimos para o banheiro da suíte e ele entrou na banheira após remover o restante das roupas. Fui em sua direção e o ajudei a esfregar onde ele não conseguia alcançar. Meus dedos correram por vontade própria ate o peitoral dele e fizeram círculos sinuosos em volta dos mamilos. Ouvi Tay suspirar e puxar o ar entre os dentes. Levantei-me depressa e sai em direção a porta.

— Me chame quando terminar — falei e sai para o quarto, me jogando na cama e abafando um grito com o travesseiro — Que porra você esta fazendo? — me perguntei pela milésima vez.

Depois que Tay terminou o banho eu o ajudei a se vestir e passei remédios nos ferimentos que ainda estavam presentes. Tay não falava muito, pois com o tempo ele entendeu que não adiantava discutir. Depois que ele dormiu, fiquei ao seu lado fazendo carinho em seu rosto, como havia feito nas noites anteriores. Era assim que terminava todos os meus dias: olhando o rosto angelical de Tay enquanto o acariciava. Por um segundo, a ideia de que eu poderia terminar todas as minhas noites assim pelo resto da minha vida passou em minha mente e, eu adormeci segurando os dedinhos delicados.

Macau e Tay - Especial MDBOnde histórias criam vida. Descubra agora