ESPECIAL LUKE & GUN 14

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Pov' John.


- Então você mentiu para mim também? - a pergunta me fez sair de órbita, e tudo o que eu tinha planejado durante semanas foi esquecido.

Desde quando Gun foi ficar com Black no apartamento na cidade, eu comecei a ensaiar como dizer a verdade a ele, toda verdade.

Não era minha intenção afastá-lo, mas, eu não podia deixar de pensar que talvez ele estivesse melhor sem mim. Por milésimos de segundos ele não morreu e, se não fosse por Fofura - aquela raposa irritante - eu também não estaria aqui, pois, jamais conseguiria viver em um mundo onde Gun não estivesse

Depois disso, tudo aconteceu rápido demais, e logo estávamos no meio de outra guerra, que acabou com várias pessoas mortas, incluindo Sayuri. Depois do enterro, eu e Pakin fomos resolver os assuntos pendentes, rendendo uma grande dor de cabeça.

Não via a hora de chegar na segunda casa e olhar nos olhos que eram minha calma, meu porto seguro, apesar de toda tempestade que acontecia neles.

Assim que entrei fui direto para ele, pegando em sua mão morna. Queria abraça-lo, mas ele estava com o pequeno Tawan em seus braços, balançando calmamente o bebê que estava aconchegado em seu pescoço.

Nunca pensei que invejaria um bebê.

Kamol veio até mim para saber sobre o andamento das coisas, mas, em um momento de distração ele acabou falando meu nome verdadeiro, deixando todos confusos, principalmente Macau.

No entanto, o choque maior com certeza foi de Gun.

Em um acordo silêncio com Kamol, deixei que ele falasse mais sobre mim, assim como eu respondi algumas perguntas.

- Dentro das forças especiais eu sou John, para os cidadãos comuns meu nome é Bass, mas... Meu nome de verdade é Luke.

- Então você mentiu para mim também?! - Gun perguntou, fugindo da sala.

- Gun!! - o chamei, tentando impedi-lo, mas ele foi mais rápido - Me desculpe, Mac, eu nunca quis mentir pra você, foi para nossa segurança.

- Hã... Eu não posso te cobrar quando também fiz isso, só estou... surpreso - se virando para Kamol, Macau o abraçou - Obrigado, irmão! Obrigado por cuidar de mim, mesmo de longe.

- Nós somos uma família, não somos? - o mais velho respondeu, ajeitando as mexas de Macau - Agora me solte ou Dao vai acordar.

- Eu... preciso falar com alguém - corri para fora depois de ver que Macau já estava mais calmo.

Macau e Tay - Especial MDBOnde histórias criam vida. Descubra agora