- Mᴀʀɪᴏ -
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Em um novo emprego no fliperama antigo que está aberto desde os anos oitenta, Melissa nunca havia encontrado um trabalho melhor. Numa rotina normal, como as coisas poderiam mudar tão dras...
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Caramba... Eu realmente não queria que as coisas acabassem assim, nunca quis brigar com ele ou parecer uma ingrata. Suspiro, me sentindo culpada. Eu só queria que ele não o machucasse mais. Sinto que todos os passos que conseguir dar próximo do Mario, estão recuando a cada segundo, como no Monopoly, estou voltando as casas. Me agacho, pegando as pequenas chaves, das prováveis algemas que prende as mãos do Junior atrás de si.
Com elas, eu vou até atrás de si. Ele fica em silêncio, enquanto tento acertar qual das duas é a certa para destravar.
— Cacete, mamãe e papai acabaram de brigar na minha frente. — Ouço resmungar, num tom rouco.
— Cala boca. — Por um momento solto uma risada.
Acertando a chave, as algemas caem e ali jogo as chaves. Olho para a corda, que está bem amarrada em seu corpo. Toco, puxando um pouco. Junior deu um resmungo de dor, eu respondo com uma careta de dor.
— Foi sem querer.
Ele fez um nó do caramba! Lembro-me vagamente do Luigi me ensinando a amarrar e desamarrar um nó desses, mas eu estava com tanto sono que dormi no meio da explicação. Do meio jeito e demorando um pouco, consigo tirar Junior daquelas amarras. Ele remexe seus braços, dando um suspiro. Dou a volta na cadeira, indo para a sua frente.
— De verdade. — Ele continua com a cabeça baixa, passando a mão em seu pulso esquerdo. — Não precisava ter me defendido.
— E deixar que ele o matasse? — Indago, gesticulando com os braços.
— Acho que seria melhor, do que encarar a Peach depois de tantos anos. — Ele deu um sorriso fraco, seus lábios carnudos estão rachados.
— A Peach? Princesa Peach? Porque seria... — Não consigo terminar de dizer, assim que ele me olha. Posso estar chutando alto, mas foi a primeira coisa que me veio a mente. — Não me diga que vocês já tiveram um caso!?
