Cap 54. Companhia

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Capítulo mais tranquilo aqui para vocês

espero que goste





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talvez eu deva seguir em frente e esquecer esses sentimentos

   Superar as coisas nunca foi o meu forte, então não sei como vou fazer isso — lembro de precisar no mínimo dois anos para entender que eu e uma amiga minha não éramos mais amigas. Funguei, enxugando as lágrimas. Não posso ficar a noite toda assim, desse jeito, não quero acordar amanhã PÉSSIMA e com o rosto amassado. Isso tudo não é tão dolorido quanto meus machucados, que pulsam só de lembrar.
   Tentando ocupar a minha mente, fui em busca do médico toad pelo castelo, para fazer algo com meus machucados. Não demorei para o achar e ele me fazer os curativos, em meus punhos, nos tornozelos e em meu pescoço. Me olho no espelho do quarto próprio, que era muito semelhante a uma enfermaria. Toco em meu pescoço, pensando no momento.

o que aquela névoa da alucinação fez me pareceu tão real
as palavras, os gestos e o olhar de ódio perfeito do Mario
é até como se ela estivesse reproduzindo uma cena que aconteceu

   Balanço a cabeça, eu devia esquecer do Mario e da sua existência por dois minutos ao menos, se não volto a ficar deprimida. Sem sono algum, depois de tudo o que aconteceu, decido andar pelo castelo, até chegar no jardim e por coincidência, dar de encontro com o Junior. Ele está sentado em um banco de jardim, feito de madeira com os braços de ferros. Sem perguntar se ele se importaria, me sentei ao seu lado. Não deixo de notar seu rosto com alguns curativos.

— Você tá' com uma carinha... — Quase cantarolou, com uma voz serena.

— Disse ao Mario como me sentia. — Conto, sem rodeios. — Que eu gostava dele.

— E o que ele respondeu? — Virou seu rosto para mim, com um olhar tranquilo.

    Engoli um seco. A cena, suas palavras duras e frias, o modo que me olhou, ainda rondam a minha mente e mergulham em meu ouvido como se houvesse acontecido agora pouco. Viro meu rosto para Júnior, abrindo levemente a boca para responder:

— O que você acha? — Mordo minha bochecha por dentro, segurando o choro severamente. Eu não choraria na frente do Júnior, ele iria zombar de mim no dia seguinte. — Ele não quer repetir o mesmo erro de antes. — Tento imitar a voz do Mario. Viro o rosto para frente, fazendo uma careta ao lembrar. — Para melhorar, descobri que ele só me vê como um produto que ele pode usar quando bem entender. — Ergo o braço, gesticulando. O deixo cair, provocando um barulho em minha coxa. — A fonte da Starman! Em minhas mãos. — Olho para o alto. A minha mágoa está sendo substituído para uma raiva. — Que merda. — Xingo baixinho, chutando a sujeira qualquer do chão.

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