continuação aqui
[...]O que me agonia mais nisso tudo, é que eu sei que a carta demora em torno de um dia para ser levada, então tudo deve ter acontecido ontem.
Era a primeira vez que estava andando por aqui sozinha, então esses esgotos dão um certo medo, um lugar longo, extenso e escuro, não sei como antes não havia achado isso. E o silêncio aqui dentro, só ecoando por todos os lados o barulho de algo pigando, piora tudo. Tentei ignorar tudo isso e refazer os passos do qual havia feito há muito tempo com Mario e Snow. Em algumas horas, achei que estivesse chegando perto, ainda mais andando rápido.
— É aqui? — Olho para a direita e a esquerda, ergo a lamparina para iluminar a minha frente.
Pelo que me lembre, era para a direita. Dando alguns passos, sinto algo cair no topo da minha cabeça, passei rapidamente a mão, tirando a sujeira. O que foi isso? É como se algo estivesse passando acima da minha cabeça. Tento não pensar muito sobre isso, então ignoro e viro a direita, com passos apressados. Era fato, minhas pernas estão cansadas há muito tempo, tudo o que eu queria era me sentar em algum lugar, mas não queria descansar, até chegar no reino dos cogumelos.
Ergo um pouco mais a lamparina, enxergando no fim do esgoto o portão do reino dos cogumelos. Um misto de sentimentos se passa em meu peito, ansiedade, saudades e a sensação de estar em casa. Peach, Mario, Junior, eu voltei, eu estou em casa. Não deixo de parar por um momento e sorrir, quase chorando de emoção. Meu momento foi bruscamente cortado, até eu ouvir um som de algo se arrastando no chão, provocando um leve tremor no chão. Engoli um seco, evitando olhar para trás. Merda... Merda... Merda! Eu sei que som é esse. Achei que ela tivesse evitado se arrastar para cá, por causa da última vez, mas ela ainda corre por esses canos. Ela grunhiu, com raiva, um som tão forte e provoca um longo eco, que chega a fazer meus cabelos presos balançarem.
eu preciso pensar rápido
Sem muita escolha, eu lentamente viro-me para trás, e como daquela vez, a planta piranha encontra-se no fim do esgoto na esquerda. No escuro, dá para se enxergar as bolas brancas brilhando em sua cabeça e seus dentes tão brancos e afiados.
— E-e aí. — Gaguejo, emitindo em alto tom para ela me escutar, não adianta fingir que não estou aqui, ela sentiu o meu cheiro. — Quanto tempo em, cortou o cabelo? Quero dizer, o caule, até porque você é uma planta e não tem ca- — Meu falatório é interrompido com seu grunhido de raiva.
Eu preciso pensar, o tempo que corro até o portão — que não sei se está aberto — é o tempo dela chegar até mim e me devorar como vingança. Ela fechou um pouco sua boca, apenas para roçar seus dentes afiados uns nos outros. Engoli um seco, com o peito subindo e descendo rápido, com medo, não sabendo ao certo quando ela avançaria. Eu não vou morrer. Após longos segundos silenciosos, ela se contraiu um pouco, apenas para tomar impulso e vim rapidamente até a minha direção. Eu não vou morrer, eu preciso fazer algo! Me recuso morrer justamente agora, depois de ter lidado com tantas coisas, seres e aventuras perigosas. E agora ser morta por uma planta piranha? Não, não vai ser esse meu fim.
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ᎷᎪᎡᏆϴ
Fanfiction- Mᴀʀɪᴏ - [ O LINK PARA O LIVRO ORIGINAL ESTÁ NA MINHA BIO ] Em um novo emprego no fliperama antigo que está aberto desde os anos oitenta, Melissa nunca havia encontrado um trabalho melhor. Numa rotina normal, como as coisas poderiam mudar tão dras...