Dez: Raiva

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— TIA REI, poderia falar com a minha mãe? Ela não acredita que estou aqui

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— TIA REI, poderia falar com a minha mãe? Ela não acredita que estou aqui.

Passo o telefone para ela, que estava rindo ao atender. As duas começam a conversar e ficam assim por um tempo. Devem estar botando o papo em dia, penso eu.

— Como andam os jogos?

Tio Enji estava ajudando a organizar a mesa comigo, enquanto Shouto trazia as panelas e tábuas. Dou de ombros e suspiro.

— Estou sem treinar há uma semana, provavelmente farão corpo mole quando eu voltar.

— Eles se aproveitam quando não há um pulso firme, mesmo. — Ele termina de colocar os talheres. — Pretende ir para o Nacional esse ano?

— Sempre sonho alto. — Sorrio, fazendo-o sorrir também.

— Boa, e você, Shouto?

— Provavelmente chegaremos. O time está mais forte que nunca agora

Isso era verdade. A chegada de Bakugou, que jogava as nacionais todos os anos, mudou muito o modo de jogo deles. Acredito fielmente que teremos ao menos dois times no nacional, mas tenho certeza de pelo menos um: o time de basquete dos garotos. Enji dá um tapinha nas costas do filho.

— Eles têm um ótimo capitão.

A relação dos dois sempre foi um tanto áspera, mas nos últimos tempos, logo antes de eu sair daqui, o tio Enji parecia tentar resgatar algo com a família. Estava menos explosivo, menos brigão e muito mais presente. Essa ação mostrava-me que ele seguia fazendo isso, mesmo que Shouto não aparentasse estar muito confortável.

— Você precisar ir vê-lo jogar, tio Enji. O Shouto é incrível.

Pude ver um sorriso brotar nos lábios dele, enquanto Enji arqueava as sobrancelhas para mim. Ele diz algo como "só me dizer o dia e a hora" enquanto saia, provavelmente dando um pulo em seu escritório para fazer alguma coisa. Quando olho para o Shouto novamente, ele estava me olhando, mas desvia o olhar rapidamente. Droga, o que eu vou fazer agora?

Se eu não fosse tão burra, a confissão não teria sido tão... ativa. Poderiam ter sido apenas palavras, as quais provavelmente eu daria um jeito. Porém, com o nosso quase beijo, não tenho mais certeza de como irei ficar perto dele. Estou me sentindo suja, pois parece que eu estou traindo o garoto que eu nem mesmo sou namorada. Zeus, o que eu faço?

O sinal da campainha me faz pular e, automaticamente, vou até a porta. Adorava fingir ser a empregada deles, causava muito alvoroço na época. Agora, estou fugindo de ficar sozinha com o meu melhor amigo. Quando chego na porta, onde há uma tela com a imagem da câmera no portão, me surpreendo.

𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora