Quarenta e Quatro: Bom de mira

240 29 88
                                    

words: 3.551

༶ ྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉྉ ༶

BAKUGOU MANTINHA seus olhos fixos em Shigaraki, ainda querendo torcer o pescoço dele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

BAKUGOU MANTINHA seus olhos fixos em Shigaraki, ainda querendo torcer o pescoço dele. "Tão frágil", pensava o loiro, "Conseguiria calar a boca desse verme tão rápido". Seu peito ainda gritava por ação, querendo acabar com aquilo logo. Se não fosse por Todoroki, provavelmente sua cabeça quente o teria levado para a cova há minutos atrás.

Porém, Bakugou sabe que quando conseguia pensar direito, ele poderia ser muito mais cruel.

Por isso, fica analisando cada movimento do homem que acorrentou sua vida. A forma como a boca ressecada se contorce ao não gostar de alguma coisa, ou como o canto esquerdo se erguia, apenas um pouco, ao demonstrar interesse. O albino sempre erguia a mão esquerda para chamar o guarda-costas, talvez a direita fosse mais frágil ou tenha algum problema. 

Ao manusear a arma ou beber, ele sempre usava a mesma mão. Bakugou afasta um pouco a cadeira da mesa para tentar encarar os pés de Shigaraki. Enquanto uma parecia estar sempre jogada, a outra estava bem apoiada no chão. Coincidentemente ou não, a esquerda mexia mais.

"Talvez seu lado esquerdo seja o dominante", Katsuki pondera, erguendo os olhos para a sala. Seria difícil fazer alguma coisa nela, então ele precisava de uma brecha. Uma única oportunidade. Além disso, precisava garantir que os dois rapazes que o acompanhavam conseguissem fugir sem problemas, já que o loiro provavelmente não sairia tão fácil.

— Licença, preciso tirar a água do joelho. 

Shigaraki se levanta da cadeira e anda, balançando a mão de forma impaciente para o seu guarda-costas. O homem corpulento apenas para no seu lugar, confuso por ser dispensado. Bakugou aperta os dedos das mãos, tentando conter o próprio corpo. Seus olhos vermelhos observavam a dificuldade que o albino tinha em manejar o próprio peso durante os passos e se questionou o porquê de não perceber isso antes.

O filho da puta realmente aparentava ser frágil.

— Não decidam nada sem mim! — Shigaraki diz com uma risadinha, mas os olhos afiados  demonstravam a frieza de um lunático. 

Bakugou retira o telefone do bolso, verificando o horário e as notificações. Ao perceber que havia mensagens de Sayori, o loiro desbloqueia o celular para lê-las. Ela parecia preocupada e pedia desculpas se pareceu estar brava. Aquilo fez um sorriso de canto aparecer nos lábios dele, que apenas respondeu dizendo que a amava mais que tudo, pedindo desculpas no final.

Mas sem dizer, exatamente, o porquê.

— Vou aproveitar para me aliviar, também. — Diz, levantando-se da cadeira.

Keigo tenta pará-lo, mas Bakugou sai mais rápido do que esperava. Ele atravessa a porta e anda pelos corredores até o banheiro mais próximo. Evitava esbarrar em alguém ou chamar a atenção dos seguranças, mas notou que não havia ninguém onde, teoricamente, Shigaraki deveria estar. Mesmo sentindo que aquilo não era um bom sinal, adentrou o banheiro masculino, encontrando albino lavando as mãos calmamente.

𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora