Trinta e Quatro: Campeonato municipal pt 3

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NOTAS INICIAIS

Yooo, como estão? Esse capítulo está GI-GAN-TE! É o final do campeonato e muita coisa rola. Espero que gostem, mas se atentem ao AVISO:

Esse capítulo contém sangue, violência e cita um assunto delicado (suicídio). Por favor, leiam com cautela e se for um gatilho, pulem a parte da Himiko Toga, indo para depois que a polícia chega. 

Boa leitura a todos, desculpem os erros <3

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SHIMURA

– Como você está?

Meu pai se afasta do seu time para ficar comigo próximo ao carro, enquanto Aizawa-sensei não chega com os outros jogadores. Ele sabe o que aconteceu ontem, em relação a minha saúde, mas principalmente sabe que chorei no ombro do meu professor. O pior era ter que lidar com o olhar de pena.

– Consegui tomar um café reforçado hoje, fiz mais cedo para não ter problemas com refluxo ou azia. – Digo calmamente.

– Tomou aquele chá?

– Sim, quase um litro desde ontem a noite. – Suspiro – Porque ela precisava vir junto hoje?

Minha mãe conversava alegremente com os meninos do basquete, principalmente com Shoto e Bakugou. Depois do que rolou ontem, ela fez questão de nos acompanhar nesse último dia. Também usou como argumento o fato de nunca ter acompanhado um campeonato meu. Para a minha sorte, o chá de ervas calmantes realmente funcionou, deixando-me apenas... Normal.

– Ela tem curiosidade em vê-la jogar, assim como eu. – Meu pai abraça-me de lado, fazendo carinho em meu braço – Ontem não tive muita chance de ver, então espero que esteja melhor hoje. Claro, não se esforce mais que o necessário.

– Eu não sei porque tive aquela crise ontem, isso nunca aconteceu. – Falo baixinho.

– Foram muitas emoções – Ele faz uma pequena pausa, mas segue a conversa com um tom brincalhão - Você tinha pessoas que queria impressionar, um garoto beijou você na frente de todos, principalmente de mim e daquele outro....

– Ai, nem me lembra disso.

– Sua mãe quer conhecer o corajoso, mas pediu para mim. Falou que não vai envergonhar você de novo.

– Sei, é capaz dela ir dar uma bronca nele.

– Verdade, acabei esquecendo de dar a minha bronca.

– Ele já reclamou que você parecia querer matá-lo com o olhar. – Rio – E nem sabia que você é meu pai.

– Aqueles dois também queriam. – Meu pai aponta para os meninos com o queixo – Não achei que veria o Shoto seguir o Bakugou para algo do tipo. Ainda bem que você mostrou que não precisa de ninguém te defendendo.

– Podemos trocar de assunto? Não quero ficar ansiosa de novo. – Solto um grunhido.

– Quem sabe a gente marca uma janta lá em casa, um dia desses? – Hayato dá um pequeno sorriso – Pode convidar o Bakugou.

– O quê? – Arregalo os olhos – Tá falando sério?

– Eu conversei com a sua mãe... – Meu pai cruza os braços – Isso é melhor do que proibí-la. Embora eu ainda não aprove muito, ele está conseguindo conquistar o meu respeito. Mesmo que eu queira negar, sei que vocês devem ter algo escondido.

Abraço-o com força, pendurando-me em seu pescoço. Ele retribui o abraço na mesma intensidade, deixando um beijo no topo da minha cabeça. Escuto meu nome ser chamado e olhamos de longe a cabeleira longa e morena acenando. É engraçado pensar que Aizawa-sensei conhece meus pais há anos, a ponto de terem papo para colocar em dia. Mais ainda era perceber que minha mãe conseguia lidar suficientemente bem com os garotos e seus questionamentos sobre quão linda e jovem ela era, para ser minha mãe.

𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora