Quarenta: Família

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NOTAS INICIAIS

Oi pessu, como estão? Espero que bem <3

Acabei lançando o capítulo sem querer, quando fui gravar o rascunho. Mas aqui está, um novinho em folha para vocês. Aproveitem!

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Forças de Autodefesa Japonesa / Jieitai - Narrador

O ruivo massageia a área entre seus olhos, cansado de analisar tantos papéis. Desde que assumiu a posição de Coronel da Força Terrestre, muita papelada precisava ser preenchida. Além disso, ele precisava lidar com a polícia e também com os delitos que seus soldados evitavam ao redor do país, principalmente de Tóquio. 

É um trabalho árduo, mas ele não saberia viver sem.

Um completo workaholic, o mais novo Coronel vivia praticamente 16 horas por dia no quartel general. Não havia família lhe esperando em casa, muito menos alguns amigos para beber. Antigamente isso não costumava ser verdade, mas hoje em dia a situação era outra. Por isso, Kudou insiste em permanecer na sua caverna - assim evita que mais pessoas se machuquem e, principalmente, que perca mais amigos.

A batida na porta o fez erguer seus olhos, buscando o responsável por aquilo. A voz arranha sua garganta ao permitir que o indivíduo entrasse, dando lugar a um homem mirrado, todo uniformizado. O soldado faz uma continência rápida e lhe entrega mais papéis, causando um suspiro irritado no ruivo. Assim que fica sozinho novamente, ele trata de ler a mensagem que havia tirado sua concentração.

"Ovos podres na delegacia de Tóquio, Caso S."

Kudou pisca algumas vezes, analisando aquela caligrafia rabiscada. Corrupção policial não é tão difícil quanto se imagina. Há um equilíbrio entre a máfia japonesa e os seus policiais, um contrato velado que permite ambos trabalharem. Obviamente que o Coronel não concorda com isso e sempre tenta amenizar, mas desta vez, ele não sentia vontade de diminuir.

Se está ligado ao Caso S., seu trabalho era aniquilar.

Ele levanta da sua cadeira e pega um cigarro, acendendo-o enquanto percorre o caminho até seu quepe e jaqueta pendurados sobre o cabideiro. Vestiu-os tão rápido quanto pode, saindo de seu escritório a passos largos. Ao chegar na central de rádios e telefones, onde normalmente recebiam denúncias e mensagens, escutou o burburinho dos soldados conversando. Sua presença os fez calar a boca imediatamente, fixando os olhares nos computadores.

– Quem recebeu a mensagem direcionada a mim?

A voz estrondosa ressoou pelo recinto. Uma mão tímida se ergue, sabendo que teria que ir conversar com o Coronel a sós. Um breve aceno o fez levantar e assim, seguir o ruivo para um ambiente mais isolado. Lá, controlando a tremedeira que seu corpo tinha, encarou seu Coronel como se sua vida dependesse disso.

– Qual a via de contato?

– Telefonema, senhor.

– Conseguiu rastrear?

– Veio direto da delegacia, senhor.

– Perguntou o nome da pessoa que informou? – Ao perceber o olhar perdido do soldado, Kudou coloca as mãos na cintura – Isso é uma denúncia séria, soldado, tem noção do que isso significa?

– Sim, senhor. – A voz falha e o ruivo percebe que o rapaz engole em seco. – Desculpe, senhor.

– Dê o número que ligou para mim, irei resolver isso. – Kudou gesticula com a mão, dispensando o rapaz para a sua nova tarefa.

𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora