Quarenta e Seis: Parabéns, papai

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EU SENTIA O CANSAÇO bater contra meus olhos, mas ainda precisava responder às perguntas

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EU SENTIA O CANSAÇO bater contra meus olhos, mas ainda precisava responder às perguntas.

Já se passaram alguns dias depois daquele tormento. Toya e o tio Enji vieram até Tóquio correndo depois que souberam de tudo. A ajuda dos dois tem facilitado muito o trabalho das Forças Armadas e, claro, ajudado na minha defesa.

Kudo, uma versão ruiva e mais velha do loiro, veio me buscar na casa dos Bakugou para que eu pudesse depor contra Shigaraki. Katuski ainda deveria ficar em repouso e mesmo que não goste disso, foi obrigado a ficar em casa.

— Mais alguma coisa?

Pergunto novamente, enquanto respiro fundo. Kudo está de braços cruzados, apoiado na parede e de frente para mim. Minha cadeira é bem desconfortável,  mas pelo menos as algemas da mesa não estão nos meus pulsos.

— Você poderia ser presa, sabia?

— Por defender o Chisaki? — Torço o nariz — Só estou dizendo a verdade.

— O problema é que, aparentemente,  você mandou em alguns caras para transportar drogas entre cidades. — Kudou olha para mim de forma intensa — Você me contou isso.

— Foi uma forma dele me intimidar, mas reverti e o fiz gravar para mim. É aquilo que vai dar mais embasamento para as acusações contra a Liga e contra aquele antro de atrocidades do Teatro.

Ergo uma sobrancelha, mostrando firmeza. Toya me orientou minutos antes de entrar na sala de interrogação,  então me sinto segura – talvez até demais – para confrontar o Coronel.

— Tá bem. — Ele suspira e passa uma mão pelo rosto, demonstrando seu próprio cansaço — Tem algum outro álibi que retire você dessa confusão?

— Mimi Kyoshi. Evitei que ela fosse morta pela Himiko Toga.

Kudo parecia não conseguir seguir meu raciocínio.  Enquanto eu tentava dar motivos para aliviar a sentença de um, eu dava outros que piorava a situação.

Kudo desliga o gravador sobre a mesa, apoiando suas mãos nas quinas enquanto olhava para baixo. Ele solta um riso anasalado e passa a mão pelo cabelo revolto, da mesma forma que Katsuki costuma fazer.

— Você vai se complicar, garota.

— Ofereça um acordo para os dois. Não houve homicídio e ainda auxiliaram no seu caso. É possível ter uma sentença mais branda por colaboração, não é?

— Você quer ajudar criminosos. Como isso seria bom para você?

— Só... Uma retribuição por ajudarem a terminar esse pesadelo. — Solto um riso fraco — Eu quero que a Toga pague pelas coisas, afinal de contas, ela machucou uma amiga minha e praticamente me torturou psicologicamente. Chisaki também tem seus pecados e vai pagar por eles. — Olho para Kudo — Não 'tô pedindo para os livrar da prisão.

𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora