𝐛𝐫𝐢𝐧𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐨𝐠𝐨 • katsuki bakugou

Trinta e Nove: A nova Líder

NOTAS INICIAIS

Como estão, seus lindos?

Bora de mais um capítulo com certa tensãozinha? Já tinha dito que seriam assim, né?

Espero que gostem e aproveitem, ainda tem muita merda pra rolar.

Enfim, boa leitura e desculpem quaisquer erros!

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Escritório Endeavor - Narrador

Keigo acompanha sua cliente até a porta, desejando-lhe uma boa semana. Ao fechá-la, o loiro solta um suspiro pesado enquanto afrouxa sua gravata. Seus olhos percorrem o escritório até encontrar Toya, concentrado em seu laptop enquanto digita o roteiro do seu próprio caso. Não queria incomodar, então apenas decide encher um copo de bebida e olhar a noite caindo sobre Musutafu pela enorme janela.

Estava incomodado, com uma estranha sensação em seu peito. Não quis incomodar seu quase namorado sobre isso, pois sabia que poderia causar o mesmo nervosismo no albino. Estava preocupado, essa é a melhor definição. Seu irmão iria voltar àquela cidade, o antro de todas as coisas ruins. Teoricamente, não estava mais "foragido" da máfia, mesmo assim parecia um risco colocar seus pés no domínio deles.

Por outro lado, Toya terminava de digitar freneticamente todas as coisas que o seu cliente precisava decorar caso fosse questionado no tribunal. Sempre fazia isso para que o caso ficasse conciso, de forma a não haver dúvidas entre o júri. No último ponto final, o platinado recosta as costas na cadeira, escutando sua coluna estalar. Espreguiça-se por alguns segundos e levanta, acompanhando o loiro na janela.

Keigo parecia distante nos últimos dias aos olhos do platinado. Na verdade, estava assim desde que Sayori voltou do hospital, cheia de informações preciosas. Ele sabia que seu amante queria acabar logo com isso, então tratou de arquitetar um plano, mesmo sem o seu consentimento, para que pegassem Shigaraki de surpresa. Porém, não falou e nem entregou nada ao loiro.

Tinha medo de que Keigo fosse para Tóquio sozinho.

- Nervoso para amanhã? - Toya pergunta, iniciando um bate-papo mundano.

- Um pouco, o caso é complicado. - Keigo dá de ombros e sorri, mostrando o seu lado arrogante - Nada que eu não possa lidar.

- Vai usar o charme para conquistar o júri?

- Mesmo sem usá-lo, as pessoas apenas gostam de mim. - O tom metido dele era palpável - Não quero que fiquem apaixonados.

- Seria ótimo para ganhar. - Toya faz uma careta - Apenas não abuse disso.

- Ciúmes?

- Diferente de você, as pessoas tendem a não gostar de mim. Preciso usar outros artifícios, como provas irrefutáveis.

- Sorte sua ter isso a disposição. - Keigo termina sua bebida.

- Você vai se dar bem, meu pai está ajudando no caso. Se perderem, é porque não havia outro jeito. - Toya cruza os braços, desviando o olhar para as luzes da cidade.

- Por isso que estou ansioso. Se acertar justamente na mínima chance de perder, quão ruim isso seria? - Keigo solta uma risada anasalada - Como vou encarar o Enji?

- É sério, não tem como perder. Já vi e ouvi o seu discurso, se eu já não estivesse apaixonado por você, com certeza ficaria lá.

Keigo revira os olhos e encara o platinado. O loiro adora quando o outro fala coisas do tipo e o clima tende a esquentar a partir daí. O problema é que sua cabeça estava cheia das piores merdas possíveis, sendo difícil se concentrar em algo bom. Essa reação chama atenção de Toya, que volta seus olhos azuis para os castanho-dourados.