VIII - Um drink no inferno

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Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

A garota no palanque batera com o dedo duas vezes no microfone e o ruído fizera com que todos voltassem seus olhares para ela novamente. A moça sorrira se desculpando e então erguera o olhar, fitando o teto. Todos a acompanharam.

Um segundo depois, a maioria das luzes se apagaram. Apenas as luminárias das paredes, sobre as portas e em alguns cantos continuaram. Scarlett se sentira mais apreensiva do que gostaria. Não fora informada sobre nada daquilo e pelo que via nos olhares e reações dos demais funcionários do buffet, não era a única.

A jovem morena no palco apontara com o indicador para alguém no salão e todos buscaram o escolhido com o olhar. Era um homem moreno, bonito e forte, um dos garçons do buffet. Segurava uma bandeja vazia e assim como a maioria, parecia confuso. Mas estava ali para servir os ricaços e o faria.

—Vá lá... – sussurrara outro garçom ao lado do rapaz.

O sujeito ainda ponderava o que fazer quando a garota mudara o gesto com o indicador, agora claramente pedindo que ele subisse ao palco com ela. Jeremy e Dylan estava ao fundo do salão, apenas observando.

Colocando a bandeja em uma mesa próxima, o garçom dera a volta no palco, indo até a pequena escadaria lateral de acesso ao ponto central. Scarlett agora se lembrara do nome do rapaz, Donovan. Havia conversado com ele por menos de cinco minutos antes de subirem da garagem. Era solteiro e não tinha filhos.

♥♥♥

Havia um pequeno foco de luz iluminando o palanque no centro do palco.

O homem caminhara até lá, ficando de frente para a mulher. Os olhares de ambos pareciam se cruzar. Não haviam mais palavras, nem gestos. Na plateia, todos estavam em silêncio, ansiosos pelo próximo passo daquela cena.

—Você é tão lindo, é delicioso e eu te quero... – sussurrara a moça.

Todos no salão ouviam as palavras ecoando pelo microfone.

A repórter estreitara o olhar enquanto assistia. Seria a pouca iluminação lhe pregando peças? Ou parte de um espetáculo que não estava ciente? A moça no palco havia aberto a boca e revelado... presas? Scarlett levara ambas mãos aos olhos, os esfregando e ao abri-los novamente, a cena parecia ainda mais clara.

Donovan estava imóvel, em silêncio, como a presa que observa a serpente pouco antes de receber o bote. Talvez a escolha de palavras nos pensamentos da loira não fossem as melhores, mas fora exatamente o que acontecera.

A garota que chamara o garçom o abraçara lentamente, contudo, menos de um segundo depois, afundara a face em seu pescoço. Não era preciso ser gênio para entender o que acontecia e mesmo que alguns duvidassem do que viam, um instante depois, tudo ficara claro. Assustadoramente claro.

Scarlett tremera, se lembrando das conversas com a filha dias antes.

Talvez o que via fossem apenas efeitos visuais, parte de um espetáculo que não tinha sido previamente informada. Mesmo assim fora assustador. Quando a morena aparentemente perdera o fôlego, afastando sua face, o sangue vermelho e quente do garçom escorria por sua boca, descendo pelo queixo e pescoço.

Diferente do que se via na maioria dos filmes de vampiros, não havia um par de furos das presas no pescoço de Donovan. Ao contrário disso, a pele do rapaz havia sido dilacerada e havia um enorme buraco onde havia sido mordido.

Os olhos do sujeito estavam abertos, mas sem qualquer expressão. Scarlett prendera a respiração, arregalando os olhos assustada. Se aquilo fosse apenas encenação, definitivamente era a performance mais realista que já contemplara.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora